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16/Nov/2022

Hortifrúti: varejo amplia agenda de sustentabilidade

O setor de varejo, sobretudo de hortifrútis, tem adotado medidas para se tornar cada vez mais sustentável. As apostas incluem rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, mapeamento dos pequenos produtores, destinação correta dos resíduos e desperdício zero. Na rede Natural da Terra, que deve chegar a 80 lojas até o fim de 2023, essa prática foi desenhada com o cliente, que mostrou para a empresa o que ela ainda não estava enxergando. Apesar de sempre ter sido pautada pela sustentabilidade e pelo cuidado com o pequeno produtor, com programas de desenvolvimento e linha de financiamento prioritário, a empresa ampliou as frentes para atender aos objetivos de sustentabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos anseios dos clientes.

O setor de varejo de alimentos ainda é campeão no desperdício. Uma pesquisa de doutorado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mapeou 27 motivos para esse desperdício de alimentos. Os principais são a falta de comunicação entre os diferentes atores da cadeia produtiva: os produtores não sabem o que os supermercados esperam vender, e não conseguem planejar a produção e os padrões rígidos de aparência e forma de frutas, legumes e verduras, além de perdas no transporte, armazenagem e distribuição. A Natural da Terra explica que a rede já valoriza a questão desde o começo da cadeia, com uma seleção da equipe de qualidade já no centro de distribuição. Quando chega à loja, tem outra inspeção. O que não passa no teste do 'alimento perfeito' vai para o processo dos selecionados, que é acompanhado em todas as etapas por nutricionistas e pela Vigilância Sanitária.

O legume ou fruta que não vai para a banca por causa de um furinho se transforma em produto 'prontinho', como fruta picada, suco ou sopa. Quase não tem descarte de banana, por exemplo, porque tudo é aproveitado no suco de açaí. O que não pôde ser aproveitado é separado, sai 100% limpo da cabine de manipulação de lixo orgânico e vai para a compostagem para virar o adubo de marca própria da rede, que comercializa mais barato para os próprios produtores e, em saquinhos de 800 gramas, para os clientes nas lojas. Foram 10 toneladas de resíduos coletados só no piloto. Com mais de 60 anos de trajetória, a rede carioca de supermercados Zona Sul também está decidida a ser parte da solução, com diversas iniciativas verdes e de combate ao desperdício.

As lojas-modelo Santa Mônica, na Barra da Tijuca, e Barão da Torre, em Ipanema, têm grandes paredes verdes com jardim vertical na área externa, que servem como um isolante térmico e reduzem o nível de poluição no entorno. Toda a estrutura da Santa Mônica, aliás, foi construída pensando em sustentabilidade. A luz solar é captada por placas fotovoltaicas instaladas nas baias do estacionamento e no teto, gerando um terço de toda a energia consumida. A unidade faz ainda o reaproveitamento de água da chuva e tem um contêiner onde produz cogumelos frescos com práticas de agricultura sustentável em ambiente controlado. De lá, os cogumelos vão para as prateleiras do supermercado para serem colhidos pelos próprios clientes. Em outra unidade, as sacolas plásticas foram abolidas, e as entregas são feitas de moto elétrica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.