ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Nov/2022

Cacau: bioinsumo no combate à vassoura-de-bruxa

Com objetivo de facilitar o acesso e a utilização do Bioinsumo Tricovab® pelos produtores de cacau das regiões brasileiras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), publicou o Edital de Oferta Tecnológica n° 01/2022. O Edital é uma forma de selecionar empresas para produzir e comercializar, com exclusividade, o produto Tricovab®, recomendado para o controle do fungo causador da vassoura-de-bruxa do cacaueiro, praga que mais prejudica as lavouras de cacau no Brasil. Além disso, o edital busca promover ações visando o co-desenvolvimento do produto em parceria com a Ceplac, conforme condições estabelecidas no documento. O estudo para desenvolver o Tricovab® foi iniciado em meados de 1990 por pesquisadores da Ceplac, em um grande esforço para aprimorar o controle do fungo da vassoura-de-bruxa sem resíduos químicos, possibilitando seu uso na cacauicultura orgânica.

O Tricovab® é comprovadamente eficaz, inibe o crescimento do fungo da vassoura-de-bruxa em 99% no solo e em 57% na copa das árvores. O uso de bioinsumos para controle biológico está em franco crescimento no agro. Além dos excelentes resultados obtidos com o uso do Tricovab para o controle da vassoura-de-bruxa do cacaueiro, o produto contribui para a ampliação do mercado de bioinsumos na agricultura brasileira. A oferta do Tricovab®, para a produção em larga escala, é um importante passo para melhorar a produtividade e aumentar a remuneração dos produtores. As empresas interessadas em participar deverão encaminhar à Ceplac a documentação comprobatória prevista no Edital, via e-mail. Voltar a figurar entre os três maiores no ranking mundial de produção de cacau é um dos objetivos mais importantes para o Brasil.

Por isso, ampliar o uso do bioinsumo é fundamental, não só para combater o fungo, como também para evitar que os cacauais sejam novamente perdidos como aconteceu no passado. Em meados da década de 1980, o Brasil era o segundo maior produtor de cacau do mundo, mas foi rebaixado à condição de importador, após os cacauais (predominantemente do sul da Bahia) serem afetados pelo fungo causador da vassoura-de-bruxa no auge de sua produção. Por apresentar condições climáticas favoráveis para a disseminação da doença, a Bahia é o Estado que mais sofre com a praga. Os efeitos da praga na região foram devastadores, provocando queda de 75% da produção, gerando desemprego e êxodo rural. Hoje, o Brasil é o sexto produtor mundial de cacau, com produção de cerca de 220 mil toneladas por ano. Pará e Bahia respondem por 95% da produção nacional. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.