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17/Ago/2022

Hortifrúti: alguns produtos tiveram recuo em julho

De acordo com o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (16/08), os preços de hortifrútis como batata, cenoura, tomate e alface tiveram uma nova queda no mês de julho nos mercados atacadistas representados pelas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País. As baixas dos alimentos foram compensadas pela cebola, que apresentou leve viés de alta devido à qualidade do produto nos mercados e à menor oferta a partir da Região Nordeste. Os preços da batata começaram a cair a partir de maio, depois de um período de alta no início do ano. Com a safra da seca ainda no mercado e a entrada da safra de inverno, a disponibilidade do produto permaneceu elevada, além da modificação no perfil da oferta, com a participação das Regiões Centro-Oeste e Sudeste como principais abastecedores.

A cenoura e o tomate também já apontavam desvalorização desde a última atualização do Boletim Prohort. Nesta 8ª edição, o preço médio da cenoura, ponderado entre as Ceasas na comparação com junho, teve queda de 12,75%. A queda deve-se à grande oferta da hortaliça em Minas Gerais e pelo fato de os demais Estados produtores elevarem seus envios aos mercados. No caso do tomate, a oferta se manteve em alta conforme os danos causados pelas chuvas do fim de 2021 e início de 2022 foram superados. Em relação à alface, a oferta diminuiu principalmente nos mercados da Região Centro-Oeste, mas foi compensada pela pouca procura, que normalmente se reduz no período das férias escolares. Ainda assim, há expectativa de preços mais altos em agosto nas Ceasas da Região Nordeste, devido às chuvas. No mês de julho, dentre as frutas analisadas, banana, maçã, mamão e melancia subiram de preço. O preço da laranja ficou praticamente estável na maioria dos mercados.

O aumento do preço da banana ocorreu em virtude da menor produção, tanto da variedade nanica quanto a prata, o que também reduziu as exportações. A maçã registrou leve queda na comercialização, porém também teve redução nos estoques nas câmaras frias, o que provocou maior controle da oferta e preços mais elevados. A rentabilidade da cultura continua positiva e as importações devem permanecer elevadas por causa da baixa oferta nacional. A cotação do mamão subiu, com a queda na quantidade comercializada, movimento semelhante ao do mês anterior. Já a queda na comercialização da melancia fez subirem as cotações, mas também favoreceu a rentabilidade para os produtores. Mesmo com o período de intervalo nas exportações, os números seguem positivos no ano. Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.