13/Jul/2022

De acordo com dados divulgados hoje pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o recebimento de cacau nacional pela indústria aumentou 30% no primeiro semestre, atingindo 107.178 toneladas, em comparação com igual período do ano passado (82.416 toneladas). Na comparação com volume recebido em junho com o mesmo mês de 2021, houve aumento de 13,8%, passando de 34.051 toneladas para 38.758 toneladas. A safra temporã, que se iniciou em maio, tem demonstrado resultados muito positivos, e é reflexo de todo os esforços que a cadeia tem feito nos últimos anos. Nos seis primeiros meses de 2022, a moagem de amêndoas pela indústria ficou em 106.083 toneladas, um recuo de 4,32% em relação às 110.872 toneladas de 2021.

Em junho passado foram processadas 18.647 toneladas, representando aumento de 7,2% ante junho de 2021 (17.394 toneladas). No mês passado, não houve importação de amêndoas, sendo que o acumulado até maio foi de 10.010 toneladas ante 38.005 importadas entre janeiro e junho de 2021. Como as importações de amêndoas de cacau acontecem para atender a demanda dos clientes internacionais, que a safra local não consegue atender, a tendência é de queda no volume importado já que o volume de entrega nacional vem aumentando. As exportações de derivados, que atendem principalmente os mercados dos Estados Unidos, Argentina e Uruguai, também recuaram no acumulado do ano, passando de 26.743 toneladas em 2021 para 24.987 toneladas nesse ano, queda de 6,6%.

O recuo da moagem e da exportação tem se dado em virtude do contexto econômico global, e que durante o segundo semestre haverá uma leve recuperação. O recebimento de amêndoas por Estado teve como destaque o volume enviado pela Bahia, de 64.195 toneladas no acumulado do primeiro semestre, alta de 7,9% em relação às 59.464 toneladas de 2021, em seguida veio o Pará com 38.474 toneladas, cujo volume cresceu 88,5% em comparação às 20.409 toneladas do mesmo período de 2021, seguidos por Espírito Santo com 3.520 toneladas ante 1.815 toneladas, alta de 93,9% e Rondônia com 858 toneladas ante 723 toneladas, aumento de 18,7%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.