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06/Jun/2022

Hortaliças: custos de produção continuam subindo

As fortes elevações nos custos de produção de hortaliças ao longo de 2021 já vinham deixando agricultores brasileiros em alerta. O movimento de alta foi reforçado neste ano, agravando as preocupações de produtores. Em Mogi Guaçu (SP), por exemplo, importante região produtora de tomate, a elevação acumulada dos custos em dois anos é de expressivos 51%. Apenas para o orçamento de 2022, o aumento estimado é de 27%. Em Caçador (SC), a safra de verão de tomate que acaba de ser encerrada (2021/2022) registrou incremento de 37% nos gastos frente à temporada passada no caso da grande escala de produção e de 50% para a pequena escala.

Para a cebola, na região de Lebon Régis (SC), que também encerrou a safra recentemente, a alta dos custos foi de 34% frente à temporada passada. Os fertilizantes seguem em 2022 como protagonistas da alta dos custos de produção. Pelo segundo ano consecutivo, a valorização do insumo tem sido intensa. No início de 2022, até houve certo enfraquecimento no movimento de avanço nos preços, tendo em vista que adversidades globais e internas geradas pela pandemia de Covid-19, entre outros fatores, frearam o ritmo de alta. No entanto, a partir de março, após a invasão da Rússia na Ucrânia, os valores do insumo voltaram a disparar, já que esses países são importantes fornecedores globais de fertilizantes, sobretudo do Brasil. Um outro importante item que impulsiona os custos neste ano é o petróleo.

A valorização do combustível fóssil eleva os gastos com diesel e, consequentemente, encarece as operações mecânicas e os fretes, resultando em aumentos nos preços de diversos outros insumos agrícolas. A mão de obra vem elevando os custos no campo. Os produtores de cebola e tomate indicaram agravamento na dificuldade em se contratar mão de obra, o que tornou esse item ainda mais caro. Para 2023, um novo aumento expressivo nos custos deve ser verificado, já que os valores dos componentes não param de subir. No momento, a recomendação para os produtores é que continuem cautelosos quanto aos investimentos, assim como boa parte já vem fazendo desde o início da pandemia. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.