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26/Abr/2022

Cacau: preços pressionados com a demanda fraca

O preço do cacau na Bolsa de Nova York fechou a US$ 2.554,00 por tonelada no dia 22 de abril e, durante a sessão, chegou a registrar o nível mais baixo em um mês. A pressão foi gerada por dados decepcionantes de moagem no primeiro trimestre, interpretados como um sinal de demanda mais fraca pelo mercado. De acordo com a Associação de Cacau da Ásia (CAA), a moagem da amêndoa caiu 0,25% no último trimestre em relação a igual período do ano passado.

A CAA argumenta que a procura pela commodity ainda se mostrou resiliente diante dos múltiplos ventos contrários, como os bloqueios na China e a guerra na Ucrânia. A Associação Nacional de Confeiteiros (NCA) informou que o declínio na moagem de cacau na América do Norte foi de 2,8% e que a queda pode estar relacionada ao fato de uma planta a menos ter relatado seus dados.

No caso da Europa, o cenário foi diferente. Uma semana antes, a European Cocoa Association revelou que a moagem aumentou 4,4% em relação ao ano anterior, para 373.500 toneladas no primeiro trimestre, o nível mais alto neste período do ano em mais de uma década. A consultoria agrícola Marex Financial espera que a moagem global tenha crescido 4% no primeiro trimestre, impulsionada principalmente pela Ásia. Os números acima mencionados da Ásia fazem com que essa previsão pareça um pouco otimista, no entanto.

Em compensação, um aperto na oferta pode ocorrer, caso algumas estimativas se cumpram. Até agora, a Organização Internacional do Cacau (ICCO) prevê um aumento de 2,6% na moagem global de cacau para a atual safra 2021/2022 que, em conjunto com um declínio de 5,2% na produção de cacau, deve contribuir para um déficit global de oferta de 181 mil toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.