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12/Abr/2022

Laranja: alta taxa de queda de frutos é preocupante

De acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (11/04) pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a taxa média de queda de frutos do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, no acumulado da safra 2021/2022 (maio de 2021 a março de 2022), foi estimada em 21,80%. Além de ser o maior índice desde o início dos levantamentos feitos pelo fundo, a partir da safra 2015/2016, o resultado também é preocupante pela grande concentração de talhões que apresentaram taxas de queda muito altas. O principal motivo da queda de frutos, com 5,50%, continuou sendo a categoria que inclui a queda natural (4,52%) e a mecânica (0,98%), que é causada principalmente pela poda e trânsito de máquinas.

Mais uma vez, ocorreram quedas significativas em função da rachadura da casca dos frutos, ocasionada pela perda de plasticidade da casca provocada pela seca severa, respondendo por 1,65% da queda de frutos prematuros. No período completo da safra, de maio de 2021 a março de 2022, a precipitação média acumulada no cinturão citrícola foi de 966 milímetros, o que corresponde a 366 milímetros ou 27% abaixo da média histórica, que é de 1.332 milímetros, de acordo com dados da Somar/Climatempo Meteorologia. Em todas as regiões, com exceção do Triângulo Mineiro, os acumulados ficaram inferiores às respectivas normais climatológicas (1981- 2010). Com a situação crítica do clima, a maioria dos pomares sofreu deficiência hídrica, o que levou a uma redução do crescimento dos frutos já desenvolvidos.

O peso médio das laranjas foi de 143 gramas, 15% menor do que as das últimas cinco safras (média de 169 gramas). A projeção inicial era de que atingiriam 157,5 gramas na colheita. Entre as principais pragas e doenças que provocaram a queda de frutos, em primeiro lugar, com 5,63%, ficou o bicho-furão em conjunto com a mosca-das-frutas. O aumento populacional desses insetos foi observado na safra 2018/2019 e, desde então, permaneceu na primeira ou segunda posição das causas de queda. O greening, com 3,08%, apareceu em segundo lugar, por causa da alta intensidade da doença. A primeira estimativa da safra de laranja 2022/2023 e o inventário de árvores serão divulgados pelo Fundecitrus no dia 26 de maio de 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.