ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

19/Nov/2021

Hortaliças estão com preços em movimento de alta

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (18/11), os preços das principais hortaliças registraram aumento na maioria das Centrais de Abastecimento, no mês de outubro, com destaque para as altas do tomate e da batata. As chuvas em grande parte do País comprometeram o ritmo de colheita, reduzindo a disponibilidade dos produtos nos mercados. No caso do tomate, os preços continuam em níveis elevados e a oferta do fruto em outubro foi a menor do ano, com quedas desde junho.

As chuvas prejudicaram a colheita e as temperaturas mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo sua disponibilidade aos mercados. Com relação à batata, o movimento altista de preços vem ocorrendo desde julho, influenciado também por fatores climáticos que prejudicam a colheita. Em outubro, houve menor oferta a partir de São Paulo e pressão de demanda pelo produto oriundo de outras regiões. No caso da cenoura, houve aumento de 4% na oferta a partir de Minas Gerais. Chuvas favoreceram a qualidade da hortaliça em Minas Gerais, mas dificultaram a colheita em outras regiões. A volta às aulas presenciais deve provocar aumento da demanda para alimentação escolar.

O mercado de cebola apresentou movimento de reversão de quedas nos preços, contudo ainda em níveis baixos. Chuvas nas Regiões Sudeste e no Centro-Oeste prejudicaram a colheita, ocasionando aumentos nos preços. A tendência é de continuidade da alta das cotações. Em contrapartida, as cotações da alface tiveram movimento preponderante de queda. Temperaturas amenas reduziram a demanda por folhosas. Chuvas causaram prejuízos em algumas regiões produtoras e a tendência é de alta neste mês. A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

No segmento de frutas, o estudo da Conab também levou em conta os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). Segundo o estudo, mesmo com o início das chuvas, o preço da laranja mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas. A produção da laranja brasileira ainda enfrenta os efeitos das precipitações abaixo da média nos meses de julho e agosto, e ocorrência de geadas em importantes regiões produtoras. O preço da banana registrou queda na maioria dos mercados atacadistas em outubro.

A demanda diminuiu em decorrência da piora na qualidade, provocada por chuvas, e dos feriados ao longo do mês. A oferta de maçãs mostrou-se estável ao longo do mês, em virtude da possibilidade de controle por meio do uso de câmaras frias. No caso do mamão, houve em outubro maior oferta da variedade papaia e menor disponibilidade do formosa. Chuvas dificultaram o ritmo de colheita, logística de distribuição e ocasionaram o aparecimento de doenças. Os preços da melancia tiveram variações para cima e para baixo. No geral, houve redução de 8,2% na oferta, explicada pelo pico da produção goiana no mês de setembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.