28/Jul/2021

Após as geadas registradas em grande parte do Brasil nas últimas semanas, foi realizada avaliação sobre os possíveis impactos causados pelas baixas temperaturas. O frio intenso e as geadas em algumas áreas citrícolas no estado de São Paulo aumentam as preocupações de agentes quanto à produção de laranjas na temporada atual e ao vigor das plantas para a próxima safra. Vale lembrar que já havia incertezas em função da falta de chuvas verificada neste ano.

Em todos os pomares atingidos pelas geadas, há preocupações quanto ao impacto no vigor das árvores, que estão próximas do período de indução floral e já debilitadas por conta do menor regime hídrico dos últimos dois anos. É importante lembrar, porém, que ainda é cedo para dimensionar danos efetivos, principalmente no volume da próxima safra.

Considerando-se a safra atual (2021/2022), a qualidade das laranjas que estão nos pés deve diminuir. Algumas das frutas que foram afetadas pelas geadas do fim de junho/início de julho já estão com o interior seco e cristalizado. Em relação à próxima temporada (2022/2023), as árvores mais novas (em fase de brotação) devem ser as mais afetadas pelas geadas, assim como aquelas com maior incidência de greening.

Para a lima ácida tahiti (limão), apesar de os danos ainda não estarem dimensionados, as preocupações são ainda maiores, visto que a fruta é bastante sensível a oscilações climáticas. Além disso, diferente da laranja, em que a maioria dos pomares está em estágio de maturação ou colheita, há áreas de lima ácida tahiti em diferentes estágios, inclusive com pomares em flor. O frio intenso derrubou alguns frutos pequenos, brotamentos e flores. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.