11/Fev/2021

De acordo com a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, a safra de laranja 2020/2021 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro (MG) deve atingir 269,01 milhões de caixas de 40,8 Kg. O resultado do terceiro levantamento da safra representa redução de 6,52% em relação à estimativa inicial. Se a projeção for confirmada no encerramento das colheitas, será a maior quebra de safra do cinturão citrícola dos últimos 33 anos, com retração de 30,45% em comparação com a temporada anterior. Da safra total, cerca de 19,27 milhões de caixas de 40,8 Kg deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro (MG).

A menor colheita é atribuída aos efeitos da bienalidade da cultura aliados às condições climáticas adversas. Os pomares ainda sofrem efeito da escassez de chuvas observada no ano passado, apesar de um maior volume de precipitações em dezembro. Essa quebra de safra sem precedentes na história da citricultura evidencia a severidade dos problemas climáticos nesta temporada. Após dezembro registrar volume pluviométrico 8% acima da média histórica, o cinturão citrícola voltou, em janeiro de 2021, a enfrentar o quadro de escassez de chuvas, que vem predominando desde o início da safra, provocado principalmente pelo fenômeno La Niña.

Dados da Somar Meteorologia apontam volume acumulado de 742 milímetros desde o começo da temporada, de maio de 2020 a janeiro de 2021. Esse volume continua abaixo da média histórica, de 230 milímetros a menos, o que corresponde a um déficit de 24%. A reestimativa manteve a projeção do tamanho médio em 261 frutos por caixa de 40,8 Kg, portanto, com laranjas de 156 gramas, em média. Caso o peso médio se confirme, as laranjas ficarão 8% mais leves do que a média das cinco safras anteriores. A projeção para a queda de frutos subiu de 21,10% para 21,20%. O fechamento da safra de laranja 2020/2021 será divulgado em 12 de abril. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.