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28/Jan/2021

Hortifrúti: tomate tem maior queda entre hortaliças

De acordo com o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quarta-feira (27/01), o tomate registrou maior queda de preço no atacado em dezembro. Na Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia (GO), o preço do produto caiu até 20% no mês passado, com preço médio mensal de R$ 2,95 por Kg, enquanto em Fortaleza (CE) a queda na cotação foi de 18,3%, vendido em média a R$ 2,58 por Kg. O motivo do movimento de baixa na hortaliça deve-se ao grande volume do produto recebido nos mercados, onde foi registrado um fluxo cerca de 10% maior em dezembro. No Ceará, por exemplo, a comercialização foi 30% superior ao que foi recebido no mês anterior. Somente em São Paulo (Ceagesp) e em Recife (Ceasa/PE) a alta de preços do tomate ocorreu em baixos percentuais.

A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA). A cebola também registrou tendência de queda de preço na maioria dos mercados, com menor variação no Rio de Janeiro/RJ (-1,75%) e maior em Brasília/DF (-27,66%). Batata e cenoura apresentaram comportamento distintos entre os mercados. A batata subiu 7,37% em Curitiba/PR e 14,22% em Belo Horizonte/MG, enquanto em Fortaleza/CE e Recife/PE houve redução de 11,53% e 4,11%, respectivamente. A variação deve-se ao aumento da demanda por ocasião das festas de fim de ano, mesmo com a maior oferta da safra das águas. Para a cenoura, as variações foram positivas em dezembro, entre 1% na Ceagesp e 12,86% na CeasaMinas.

As reduções ocorreram em mercados de Fortaleza/CE (-8,76%), Recife/PE (-3,56%) e Goiânia/GO (-12,9%). Mas esta hortaliça tende a estender a queda de preços já a partir deste mês, como reflexo da colheita da safra de verão, principalmente em Minas Gerais, principal Estado abastecedor. O movimento de preços da alface, em dezembro, variou entre alta de 25,15% na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro e queda de 30,83% na Ceasa/ES - Vitória, sendo que alguns mercados registraram estabilidade. Esta oscilação de preços entre os mercados estudados é explicada pelo cultivo desta folhosa em regiões próximas a cada centro consumidor, sendo influenciada pelas variáveis climáticas e de mercado, locais e/ou regionais. No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

A maioria dos mercados atacadistas teve alta de preços das frutas no último mês, impulsionada principalmente pelo aumento dos insumos. Em Goiânia/GO, a melancia aumentou 50%, elevando o preço médio para R$ 1,83 por Kg enquanto, em Belo Horizonte/MG, a banana subiu 37,9%, atingindo a média mensal de R$ 3,00 por Kg. Em relação ao mercado de maçã, ocorreu alta das cotações em todas as Ceasas, o que significa ratificação de tendência consolidada no segundo semestre de 2020. A laranja e o mamão formosa foram os poucos produtos que apresentaram preços mais baixos, em parte pela grande oferta dessas frutas e da concorrência com as frutas de caroço, típicas de fim de ano. A Conab acompanha os preços nas Ceasas de São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE e Fortaleza/CE. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

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