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11/Dez/2020

Laranja: reduzida a estimativa da safra 2020/2021

Conforme a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, divulgada nesta quinta-feira (10/12), e realizada com a cooperação da Markestrat, FEA-Ribeirão Preto (USP) e Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp2), a reestimativa da safra de laranja 2020/2021 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro indica produção de 269,36 milhões de caixas de 40,8 Kg. O resultado representa redução de 6,39% (18,40 milhões de caixas de 40,8 Kg) em relação à estimativa inicial. Se essa nova projeção for confirmada no encerramento das colheitas, será a maior quebra de safra do cinturão citrícola desde 1988/1989, quando a série histórica foi iniciada, com retração de 30,36% em comparação à temporada anterior. Da safra total, cerca de 19,35 milhões de caixas de 40,8 Kg deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro (MG).

Em função das condições climáticas extremamente adversas, com altas temperaturas, baixa precipitação e má distribuição das chuvas, esse é um dos anos mais difíceis que a citricultura já enfrentou. A primeira reestimativa, feita em setembro, já mostrava queda em relação à projeção inicial, mas a chegada tardia das chuvas da primavera e o calor intenso frustraram de forma significativa a expectativa de produção. Um cenário desfavorável para a ocorrência de chuvas era esperado em 2020 por causa da possibilidade de formação do evento climático La Niña, que foi confirmado oficialmente em setembro. Os efeitos nos pomares decorrentes das condições climáticas adversas neste ano foram muito piores em relação aos observados no último La Niña, ocorrido entre novembro de 2017 e abril de 2018. Além da maior intensidade, outro fator que influenciou no agravamento dos danos foi o período em que o fenômeno entrou em atividade.

Em 2017, quando o La Niña foi confirmado em novembro, cerca de 80% da produção já havia sido colhida, por isso, o principal dano foi na fixação dos frutos que estavam se formando da safra seguinte. Neste ano, o La Niña chegou mais cedo, no início de setembro, quando a colheita havia alcançado apenas 30% da produção. À medida que esses fenômenos climáticos foram se intensificando, os volumes de chuva foram diminuindo em relação à média histórica em todas as regiões do cinturão. De maio a agosto, as chuvas acumuladas estavam 14% abaixo da média histórica e chegaram ao índice negativo de 41% no acumulado de setembro a novembro. No período completo, de maio a novembro, a precipitação média no cinturão citrícola foi de 337 milímetros, cerca de 150 milímetros a menos que o normal para o período, volume 32% inferior à média histórica (1981-2010), de acordo com dados da Somar Meteorologia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.