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23/Jul/2020

Tahiti: exportações estão favorecendo produtores

Impulsionado pela exportação, o preço da lima ácida tahiti (limão) disparou nas principais regiões produtoras de São Paulo. Na região de Catanduva, maior produtora com 4 milhões de limoeiros em produção, a cotação está entre R$ 60,00 e R$ 65,00 por caixa de 27 Kg. Na região de Itajobi, maior produtor individual da fruta, o produto selecionado para exportação está cotado a R$ 70,00 por caixa de 27 Kg. No fim de fevereiro, o preço era de R$ 10,00 por caixa de 27 Kg, mas alguns produtores chegaram a comercializá-la a R$ 7,00 por caixa de 27 Kg para não deixar a fruta cair e apodrecer. Os produtores acreditam que um dos motivos para o aumento na cotação pode ser a pandemia do novo coronavírus. O alto teor de vitamina C presente na fruta ajuda no fortalecimento do sistema imunológico para enfrentar os efeitos do vírus em caso de infecção.

Os médicos afirmam que a vitamina C protege as células do organismo contra o estresse oxidativo causado por infecções. Os produtores registraram aumento na demanda fora do verão, época de maior consumo. A busca por alimentos mais saudáveis se tornou mais intensa durante a pandemia, sobretudo em países da Europa que tiveram alta disseminação do vírus. O mercado europeu é o principal destino da fruta brasileira. O setor já tinha a vantagem de não ter sido afetado pela pandemia, como aconteceu com produtores de outras frutas e legumes. Agora, o preço está favorável e a demanda é incomum para essa época do ano. A oferta menor nesse período, que é de entressafra, também colabora para a alta. O pico da produção acontece de janeiro a março, depois há queda tanto na produção quanto no consumo, que só volta a crescer a partir de agosto e setembro, com a chegada do verão. Este ano, o aumento na demanda aconteceu mais cedo e se refletiu nos preços.

Nesta época, seria normal negociar o limão entre R$ 20,00 e R$ 30,00 por caixa de 27 Kg. O preço elevado não significa que o produtor está sendo muito bem remunerado em dinheiro. É preciso considerar o preço médio ao longo do ano. O valor atual está ajudando a compensar o preço baixo do início do ano, quando o limão foi vendido abaixo do custo. A exportação está bastante atraente, pois há também o ganho no câmbio (com exportação em dólar ou euro). Porém, não é todo limão que tem padrão para exportar. A fruta precisa ter bom tamanho e estar bem verde, com a casca consistente, para aguentar a viagem. As frutas passam por um processo de seleção no "packing house". O limão que não vai para o exterior é vendido para empresas processadoras de suco ou para consumo in natura. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.