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14/Abr/2020

Laranja: produção cresce 35% na safra 2019/2020

Segundo a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, divulgada no dia 9 de abril, a safra de laranja 2019/2020 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro se encerrou em 386,79 milhões de caixas de 40,8 Kg, representando queda de 0,54% em relação à primeira estimativa, de 388,89 milhões de caixas de 40,8 Kg, divulgada em maio de 2019, mas 35,3% maior do que a anterior (2018/2019). O resultado evidencia o ciclo bienal de produção das laranjeiras, ou seja, safras maiores alternadas com safras menores. Nos últimos 30 anos, houve apenas quatro safras maiores do que a atual, mas, nesta safra que está se encerrando, a produtividade por hectare atingiu um patamar inédito. A produtividade observada foi de 1.045 caixas de 40,8 Kg por hectare, uma diminuição de 6 caixas de 40,8 Kg por hectare em relação à projeção inicial, mas ainda assim um recorde.

Condições climáticas ideais foram observadas durante o inverno e a primavera de 2018, e permitiram excelente florescimento e favoreceram o bom pegamento de flores e fixação de frutos jovens, culminando em elevado número de frutos por árvore e homogeneização da produção, com cerca de 94% dos frutos concentrados em primeira e segunda floradas. Na fase de enchimento e colheita das laranjas, de maio de 2019 a março de 2020, a precipitação acumulada atingiu 1.210 mm, 9% inferior à média histórica, de 1.332 mm (1981- 2010), de acordo com dados da Somar Meteorologia. De forma geral, a redução do volume de chuvas prejudicou o crescimento das laranjas, que apresentaram peso médio ainda menor do que o projetado em maio de 2019. Naquele momento, já havia indicadores de que o fruto seria pequeno por causa, principalmente, da grande quantidade de frutos por árvore e à elevada proporção de laranjas de primeira e segunda florada.

A taxa média de queda de frutos do cinturão citrícola, acumulada desde o início da safra, foi de 17,63%, a mais alta já medida pelo Fundecitrus. As principais causas foram queda natural, atividades mecanizadas ou condições climáticas adversas (5,15%); greening (4,39%); bicho-furão e moscas-das-frutas (4,29%); pinta preta (2,12%); leprose (1,30%); e cancro cítrico (0,38%). A produção total de laranjas nesta safra incluiu 76,27 milhões de caixas de 40,8 Kg das variedades Hamlin, Westin e Rubi; 19,83 milhões de caixas de 40,8 Kg das variedades Valência Americana, Seleta e Pineapple; 118,29 milhões de caixas de 40,8 Kg da variedade Pera Rio; 125,81 milhões de caixas de 40,8 Kg das variedades Valência e Valência Folha Murcha; e 46,59 milhões de caixas de 40,8 Kg da variedade Natal. Cerca de 27 milhões de caixas de 40,8 Kg foram produzidas no Triângulo Mineiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.