08/Abr/2020

Segundo o Itaú BBA, a pandemia de coronavírus provocou um forte aumento no consumo de suco de laranja no mundo, mas o cenário futuro para a commodity ainda é incerto, tendo em vista a possibilidade de uma recessão global para o médio e longo prazo, justamente por causa da doença. Nos Estados Unidos, houve acentuada procura por suco de laranja no varejo, com a população elevando a demanda como forma de se proteger da Covid-19.

Muitas lojas não estavam preparadas para o salto de demanda e foram observados aumentos de preço. O fenômeno se repetiu no Brasil. Os preços da lima ácida tahiti (limão) subiram 22,2% em março, em razão da maior procura devido à pandemia. A laranja pera subiu 3% em março, com média mensal de R$ 35,40 por caixa de 40,8 Kg. Para o produtor, porém, os preços não se alteraram, com a laranja sendo vendida para a indústria a R$ 21,00 por caixa de 40,8 Kg desde o início de fevereiro.

Entretanto, embora ainda não esteja claro se o saldo da situação atual será positivo para o consumo anual de suco, como foi em um primeiro momento nos Estados Unidos, com crescimento inicialmente projetado em 1% em 2021 no mundo, mesmo que este cenário se consolide, o impacto seria mínimo sobre o estoque final. Para a safra 2019/2020, a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os estoques finais de suco de laranja são de 672 mil toneladas, volume 7,8% maior ante o ciclo anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.