11/Set/2019

A Natural One, maior produtora de sucos 100% naturais e terceira maior do setor no País, prevê triplicar as exportações no próximo ano. Em busca de novos mercados, com maior margem de venda e custo logístico mais baixo, a companhia quer elevar, em cinco anos, a fatia das vendas externas dos atuais 5% para mais de 50% do total comercializado. Para isso, a empresa inaugurou a nova linha de produção, que ampliou de 100 mil toneladas para 220 mil toneladas a capacidade da fábrica, em Jarinu (SP). O custo da ampliação não foi revelado, mas a empresa, liderada pelo empresário Ricardo Ermírio de Moraes, sócio da Citrosuco, já soma R$ 500 milhões em investimentos nos sete anos de operação. Segundo Rafael Ivanisk, CEO da Natural One, o investimento na nova linha se tornou necessário com o crescimento das vendas de suco pronto para beber no exterior, iniciadas em 2018, principalmente no mercado asiático. É um mercado com pouca oferta de suco integral e onde a empresa chega bastante competitiva. O frete para o Japão com navios é mais barato do que o rodoviário para Salvador.

Os produtos têm oito meses de vida útil e chegam lá com até seis meses de validade, enquanto competidores da Europa e de Israel têm produtos com menor prazo de validade e com uma oferta inconstante. Além de Japão, Cingapura, Malásia, Filipinas e Hong Kong, a processadora e produtora de suco é a quarta marca mais vendida no Chile, iniciou recentemente as operações no Uruguai e negocia a entrada na Colômbia. China e México são os próximos alvos. Europa e Estados Unidos, maiores compradores dos sucos a granel do Brasil, mas mercados mais competitivos, ficarão para um segundo momento. Mesmo com o incremento das exportações, o apetite da Natural One pelo mercado brasileiro não diminuirá. A companhia comercializa produtos em 40 mil pontos de venda no País e em praticamente todos os Estados, de acordo com o executivo. Com a linha de produção inaugurada, a empresa iniciará a produção de sucos em novas embalagens. Haverá uma embalagem para o público infantil, em PET de 180 ml - a menor era de 300 ml - para ser consumida na merenda escolar.

Esse público representa 13% do mercado de suco. Na outra ponta, existem embalagens mais econômicas, de 2 litros, até então a maior é de 1,5 litro, direcionadas para o consumo familiar. A segunda linha de produção terá também a capacidade de envase de outros produtos além de sucos, como água, água de coco ou com sabores e bebidas derivadas de leite. A empresa produz 16 tipos de suco e o de laranja reponde por 58% do volume. O suco pronto e parte das laranjas processadas na unidade são fornecidos pela Citrosuco. Dos 42% que são de outros sabores, os destaques são manga, produzida em uma fazenda própria em Minas Gerais, maçã, comprada do grupo Fischer, também sócio da Citrosuco, e uva, adquirida no Sul do Brasil. Pesquisa da Nielsen aponta que 49% da classe A do Brasil toma néctar, uma bebida com açúcar e conteúdo baixo de suco. A missão da empresa é levar ao brasileiro um alimento de mais qualidade e educar o consumidor para o consumo de suco 100% natural. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.