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23/Ago/2019

Laranja: consumo de suco cai em grandes mercados

O consumo de suco de laranja recuou 0,81% em 2018 sobre o ano anterior nos 40 principais mercados globais. A demanda atingiu 1,853 milhão de toneladas equivalentes em suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) no ano passado. O volume representa também retração de 23% desde o início da série histórica, em 2003, quando o consumo anual chegava a 2,4 milhões de toneladas de FCOJ. Os dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), são da TetraPak Compass, do Euromonitor, do Planet Retail e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e foram compilados pelo Centro de Pesquisas e Projetos em Marketing e Estratégia (Markestrat). O Brasil é o maior produtor e exportador mundial da bebida.

A concorrência com outros produtos substitutivos ao suco de laranja continua a ser um dos principais problemas. Principal mercado para o suco de laranja brasileiro, a União Europeia registra quedas significativas na demanda nos três principais consumidores do bloco: Alemanha, França e Reino Unido. Na Alemanha, o decréscimo em 2018 foi de 2,62% ante 2017, com o consumo de 138 mil toneladas de FCOJ equivalente. Na comparação com 2003, a queda foi de 44,65% naquele país. Na França, a demanda foi de 130 mil toneladas, 2,63% a menos que em 2017, e 14% abaixo de 2003. No Reino Unido, a redução foi de 0,81%, para 105 mil toneladas em 2018. Em relação a 2003, a queda chega a 27%.

Nos Estados Unidos, maior mercado global, o consumo se recuperou 1,25% na mesma base de comparação anual, para 576 mil toneladas de FCOJ equivalente. Mas, ao comparar com a demanda de 2003, de 1 milhão de toneladas, houve recuo de 42% no mercado norte-americano. Além do lançamento de bebidas concorrentes, como outros sucos, água com sabor, água de coco, néctares e refrescos, com preços mais baixos, a queda do consumo é atribuída à mudança no hábito, principalmente em relação à ocasião de consumo, pois o suco de laranja está posicionado principalmente no café da manhã e as pessoas têm pulado essa refeição ou consumido alimentos enquanto se deslocam para suas atividades.

O estudo mostra, ainda, alta na demanda por suco de laranja em países emergentes como a China, Brasil, África do Sul e México. Na China, a demanda cresceu 0,28% em 2018 sobre 2017, e 179,55% entre 2003 e 2018. No Brasil, o consumo de suco de laranja no ano passado chegou a 82 mil toneladas, 8,53% a mais que em 2017. Entre 2003 e 2018, o crescimento do mercado brasileiro foi de 92%. A África do Sul consumiu 33 mil toneladas de suco de laranja em 2018, 11,8% a mais que em 2017, e 66% de alta sobre 2003. O mesmo volume foi consumido pelo México, mas o aumento percentual no ano passado foi de 3,85%. O crescimento do mercado mexicano da bebida foi de 3,35% ante 2003. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.