01/Ago/2019

Para fugir da burocracia e do cada vez mais escasso crédito rural tradicional, a Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais fechou operações alternativas para captar recursos destinados ao financiamento de produtores. As novas linhas são de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) e de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), movimentarão R$ 450 milhões e foram firmadas com o Rabobank, o Itaú e o Santander. A operação de FDIC com Rabobank, inédita entre cooperativas, disponibilizará R$ 300 milhões em crédito nos próximos três anos, com juros entre 0,65% e 0,69% ao mês. Desse total, R$ 130 milhões já foram liberados.

Pela modalidade de financiamento, a Coopercitrus faz vendas de insumos, produtos e máquinas aos cooperados e os recebíveis (notas promissórias e duplicatas) são incorporadas à carteira da instituição financeira. As operações têm juros semelhantes aos do crédito rural, mas sem a burocracia exigida pelos bancos que repassam os recursos do governo, como a necessidade de coordenadas geodésicas de propriedades ou a contratação de um seguro. A garantia é o limite que todo cooperado já possui, o crédito é rotativo e, assim que os cooperados pagam, novos recursos são disponibilizados pelo banco. Paralelamente, a Coopercitrus captou R$ 150 milhões por meio de um CRA junto ao Itaú e o Santander.

O valor já foi liberado e tem juros em torno de 0,70% ao mês. Além dessas duas operações, a Coopercitrus opera há algum tempo com a intercooperação, junto com a Credicitrus, que já movimentou R$ 200 milhões. Pela modalidade, o financiamento é feito por meio de nota promissória ou Cédula de Produto Rural (CPR) de cooperados, que são entregues pela Coopercitrus à cooperativa de crédito agrícola. O risco é pequeno e diluído, pois são 35 mil cooperados em comum. É preciso ter uma ter complementariedade ao crédito de recursos obrigatórios com baixo custo e muito simples. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.