07/Jun/2019

A renda do citricultor brasileiro deve cair na safra 2019/2020, com o crescimento da oferta de laranja no País e nos Estados Unidos, principais países produtores e exportadores de suco. A produção de laranja deve crescer 36% no cinturão entre São Paulo e Minas Gerais, para 389 milhões de caixas de 40,8 Kg, e a oferta da fruta deve ser ampliada também na Flórida, com a recuperação dos pomares do estado norte-americanos dos danos causados em 2017 pelo furacão Irma. Nesse cenário, a laranja, uma cultura extremamente rentável nos últimos anos, não vai continuar assim nos próximos anos.

Os preços da fruta devem cair da média atual de R$ 25,00 por caixa de 40,8 Kg para entre R$ 15,00 e R$ 18,00 por caixa de 40,8 Kg nos próximos anos. Além disso, a demanda externa vem caindo e é indicado que haja cautela para novos investimentos. A citricultura brasileira precisa se manter estável, ou seja, não há espaço para o crescimento no plantio nesse cenário de aumento da produtividade e da demanda em queda nos principais mercados. A saída é que os mercados interno e de emergentes compensem boa parte da queda de mercados consolidados.

O setor está em momento delicado por causa da perspectiva de oferta em alta e do aumento da produtividade nos pomares comerciais. Se o clima seguir favorável, com oferta grande, o preço vai cair. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), das 389 milhões de caixas de 40,8 Kg de oferta esperada para a safra 2019/2020, 340 milhões de caixas de 40,8 Kg devem ser processadas, o que geraria uma oferta potencial de 1,3 milhão de toneladas concentrado e congelado (FCOJ) equivalente. Se confirmado, o volume produzido será 48,5% superior ao de 875.172 toneladas de FCOJ equivalente da safra 2018/2019. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.