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29/Out/2021

Preço do feijão firme ao longo do mês de outubro

Na Bolsinha de Cereais de São Paulo, há menor quantidade de mercadoria ofertada e fraca demanda, deixando o mercado com elevadas sobras. Um dos principais motivos para esse comportamento é a dificuldade de repassar aumentos ao varejo, que não está conseguindo desovar seus estoques, devido ao baixo consumo. O abastecimento do mercado está sendo realizado, predominantemente, com produto do tipo comercial oriundo das regiões de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. A maior demanda continua sendo por produtos comerciais, mas boa parte dos lotes ofertados apresentaram problemas de qualidade. Nas regiões de produção, as dificuldades encontradas pelos comerciantes em adquirir mercadorias de boa qualidade, com preços mais baixos, estão induzindo muitos negociantes a se abastecer no mercado paulista. No entanto, a maioria deles se preocupa apenas em averiguar as amostras, esperando por uma reação do mercado varejista que segue muito lento.

Diante da estabilização dos preços no atacado, nas regiões de produção os valores também seguem estáveis. Pelo ritmo em que se encontram as vendas, a oferta atual deverá durar até meados de novembro, emendando com a 1ª safra 2021/2022 de São Paulo, que estará no começo. Com o mercado passando por um período de entressafra, há uma possibilidade de preços mais elevados até meados de novembro. Contudo, há o limitante da queda na demanda varejista, levando o setor a ser mais cauteloso nas aquisições, até mesmo para os melhores tipos, que estão com pouca oferta neste momento. A temporada 2020/2021 chega ao fim com baixos estoques. A produção oriunda dos poucos pivôs que estão sendo colhidos está sendo colocada à venda, tendo em vista que a partir do mês de novembro começa a entrar no mercado, ainda de forma incipiente, a produção da 1ª safra 2021/2022.

Com a finalização da safra neste mês de outubro e, consequentemente, com a tendência de menor oferta na primeira quinzena de novembro, não está descartada uma reação dos preços. No entanto, esse comportamento ficará atrelado à disposição de compras pelas indústrias, em vista das diversas opções de tipos, especialmente os comerciais, disponíveis no mercado, do que da disposição de vendas por parte dos produtores. No Sul do País, os agricultores seguem implantando a lavoura da 1ª safra 2021/2022. No Paraná, 80% da área estimada para o plantio foi semeada e as lavouras atravessam as seguintes fases: 20% em germinação, 75% em desenvolvimento vegetativo, e o restante em início de floração. No mercado de feijão preto, no atacado de São Paulo, os preços apresentam uma leve redução. O baixo consumo continua dificultando a formação de um mercado mais dinâmico, que vem sendo abastecido com estoques remanescentes da safra nacional e, principalmente, com produto importado da Argentina. Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.