21/Oct/2025
O mercado de feijão se mantém em ritmo lento e os valores estão pressionados. A postura retraída de compradores e a maior presença de lotes com umidade inadequada à necessidade da indústria são fatores que influenciam as baixas de preços. Ressalta-se que lotes denominados extras, com peneira 12 acima de 90%, são escassos e, portanto, são mais valorizados no mercado. Assim, muitos produtores que ainda detêm esse grão negociam apenas quando precisam “fazer caixa”, enquanto os vendedores mais capitalizados preferem armazenar esse feijão.
No campo, a semeadura da safra 2025/2026 atinge 21,1% da área estimada para a 1ª safra, segundo apontam dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) dia 11 de outubro. Na Região Sul do País, as atividades de campo seguiram mais lentas devido às chuvas. Em São Paulo, a semeadura já foi finalizada há algumas semanas e, agora, os produtores se preparam para iniciar a colheita no final deste mês. Ressalta-se que, em São Paulo, muitas lavouras são irrigadas, o que permite a uma janela de colheita adiantada.
Estimativas divulgadas neste mês pela Conab apontam que a temporada brasileira de feijão de 2025/2026 deve somar 3,04 milhões de toneladas, queda de 1% em relação à da safra anterior (2024/2025). Essa retração se deve à queda de 0,4% na área, passando para 2,68 milhões de hectares, e à diminuição de 0,5% na produtividade, indo para 1.134 Kg por hectare. A dinâmica da oferta, por sua vez, segue distinta dentre os feijões cores, preto e caupi. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.