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04/Feb/2025

Preços do feijão carioca pressionados no atacado

Em São Paulo, no atacado, verifica-se pouca entrada de novos lotes, sendo que a maior parte das ofertas resulta de sobras de mercadorias. Devido à escassez das mercadorias extras, os corretores seguem firmes em suas pedidas aguardando possíveis demandas. Entretanto, o maior interesse por parte dos compradores permanece por feijões comerciais fracos com preços mais acessíveis entre R$ 150,00 e R$ 180,00 por saca de 60 Kg. O predomínio da oferta de produto recém-colhido é proveniente dos estados de São Paulo, Minas Gerais e do Paraná. Em contrapartida, na modalidade via embarque, as vendas estão ativas, se mostrando mais eficaz para atender o mercado vez que a maior parte das negociações é realizada de forma casada.

No momento, os produtos comerciais enfrentam uma pressão baixista dos preços com o avanço da colheita especialmente em Minas Gerais e Goiás. O feijão carioca apresenta segmentação de preços entre extra e comercial, a depender da cor/tamanho dos grãos/semente, e principalmente pelo percentual de quebra. Enquanto os lotes de alta qualidade, como o extra nota 9,5 e 9, mantiveram valores mais altos (até R$ 270,00 por saca de 60 Kg), os produtos comerciais oscilam em valores mais modestos (até R$ 210,00 por saca de 60 Kg), e estão com ofertas físicas diminuindo devido à boa procura, tanto no atacado quanto para embarques futuros, pois são os mais demandados para atender o setor varejista.

Para os consumidores, essa segmentação de qualidade está resultando em oscilações de preços no varejo. A ampla oferta de produtos comerciais de menor qualidade está liderando o varejo, contribuindo para expressivas reduções nos preços. No entanto, a escassez de grãos de alta qualidade e a forte demanda por esses lotes estão mantendo os preços firmes. O equilíbrio entre oferta, demanda e qualidade continuará a influenciar o comportamento do mercado nos próximos meses, especialmente considerando a evolução climática e o avanço da colheita. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.