08/Oct/2024
Em São Paulo, no atacado, verifica-se pouca entrada de novos lotes. sendo que a maior parte das ofertas resulta de sobras de mercadorias. Com a chegada do começo de mês, a expectativa era de uma maior procura e, consequentemente, preços mais valorizados. No entanto, a falta de interesse nas aquisições por parte dos compradores influi, pela segunda semana consecutiva, para uma desvalorização do produto. O abastecimento do mercado está normal e a oferta do produto recém-colhido está sendo processada pela produção das regiões de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e do Paraná.
A temporada 2023/2024 está chegando ao fim e, no ritmo em que se encontram as vendas, a oferta deverá emendar em novembro com a safra das águas de São Paulo que estará no começo. Nas zonas de produção os preços também estão pressionados em função da fraca demanda, notadamente para os melhores tipos. O mercado passa por um período de forte pressão baixista dos preços e um dos principais motivos para esse comportamento está na dificuldade de negociação para os produtos direcionados aos supermercados, que não estão conseguindo desovar os seus estoques, devido ao baixo consumo. As perspectivas para a próxima semana são pessimistas.
Mesmo com uma oferta cada vez menor, os preços recuaram nessas duas últimas semanas devido à dificuldade de repasse para o setor varejista. O mercado está praticamente parado, poucas vendas são realizadas e, caso não melhore, os preços poderão recuar ainda mais. Agentes de mercado acreditam que a demanda deverá continuar fraca com os compradores mantendo o ritmo de negociações sem correr o risco de ficar com o estoque zerado. O indicativo de uma oferta ainda menor pode provocar elevações de preços em determinadas ocasiões, mas não a ponto de manter o mercado firme. Isto porque, o expressivo volume de sobras, a baixa demanda e a proximidade da colheita da safra das águas, são fatores que podem manter o mercado calmo. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.