18/Sep/2024
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (17/09) as expectativas iniciais para safra brasileira de grãos 2024/2025 durante o evento "Perspectivas para a Agropecuária - Safra 2024/2025". Para o feijão, a produção brasileira na safra 2024/2025 deve ficar praticamente estável em relação à temporada anterior, a 3,280 milhões de toneladas, aumento de 0,4%. Na safra 2023/2024, o País produziu 3,259 milhões de toneladas. O crescimento de 1,2% na área plantada com o grão, saindo de 2,857 milhões de hectares para 2,891 milhões de hectares cultivados, deve compensar a queda de 0,8% na produtividade, estimada em 1,14 tonelada por hectare.
Como a produtividade das lavouras tende a apresentar leve queda, a colheita da leguminosa deverá se manter dentro de uma estabilidade próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017. Com isso, a produção segue ajustada à demanda e deverá continuar proporcionando boa rentabilidade ao produtor. As exportações do grão devem recuar 40,5% de 227,4 mil toneladas para 169 mil toneladas em 2024/2025. O Brasil deve importar 50 mil toneladas de feijão na temporada 2024/2025, contra 33 mil toneladas do ciclo anterior, aumento de 51,5%.
A previsão é de um quadro de volta à normalidade na balança comercial do feijão. As exportações e importações serão mais equalizadas na próxima safra, ainda com autossuficiência. O consumo nacional é previsto em 3,10 milhões de toneladas na safra 2024/2025, ante 3,05 milhões de toneladas da temporada anterior. Há um bom quadro de oferta interna de feijão. A elevada demanda por cestas básicas, sobretudo em auxílio à população do Rio Grande do Sul, e o estoque de passagem superior a 400 mil toneladas sustentam um consumo forte.
O quadro econômico é muito favorável com menor taxa de desemprego e valorização do salário-mínimo, o que tende a impulsionar o consumo de feijão. Para os preços do feijão cores, a previsão é de alta até meados de 2025, seguida por queda dentro da sazonalidade do grão. Para o feijão preto, o cenário é de estabilidade nos preços. A estimativa é a primeira para a temporada. O levantamento foi realizado pela primeira vez em parceria com o Banco do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.