23/Jul/2024

Em São Paulo, no atacado, se observa uma menor entrada de mercadorias e poucas negociações, atribuídas, em parte, as férias escolares e ao período do mês. A maioria dos interessados se preocupam apenas em averiguar as amostras e o comportamento do mercado, vez que o volume de vendas junto ao setor varejista está muito fraco e não conseguem fazer reposições em uma escala maior, dando preferência à venda casada. Verifica-se ainda um aumento na oferta do grão de melhor qualidade, e este fato reforça a queda das cotações, tendo em vista que a escassez dos melhores tipos estava contribuindo para manter os preços em patamares mais elevados.

Nem mesmo a maior presença de produto de boa qualidade estimula a demanda, pois as ofertas no disponível somadas às amostras para embarque e as sobras diárias de mercadorias continuam suficientes para afastar os compradores de negócios imediatos. Com isso, o mercado está enfraquecido, ocorrendo queda nos preços de todo o grupo carioca, em especial os melhores tipos. No entanto, a desvalorização do produto ocorre mais pela fraca demanda do que pelo excesso de ofertas. Agentes de mercado alegam que a redução das compras pelos empacotadores deve-se, também, à fraca demanda do setor varejista, e as perspectivas para a próxima semana é que a demanda seja ainda menor. O abastecimento do mercado está normal e a oferta de feijão carioca no atacado está sendo processada pela produção das regiões de Minas Gerais, Goiás, Paraná, e do próprio Estado.

Nota-se que muitos compradores estão protelando, ao máximo, as reposições de mercadorias, pois as ofertas seguem elevadas, mesmo com a redução na produção na 2ª safra na Região Sul do País, ocasionada por problemas climáticos (estiagem/excesso de chuva), e a infestação de mosca branca, afetando tanto a produtividade como a qualidade do grão. Segundo alguns compradores, como as vendas junto aos varejistas continuam fracas, muitos comerciantes estão adquirindo apenas o necessário para saldar compromissos. A tendência é de recuo das cotações com o avanço da 3ª safra, ou safra irrigada, principalmente para os produtos extras e os especiais, cujos valores estão bem acima dos demais. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.