11/Jun/2024
Em São Paulo, no atacado, o mercado do feijão carioca continua calmo. A entrada regular do produto e a ausência de mercadoria de qualidade limitam o número de compradores, registrando poucas negociações. Assim, os preços permanecem estáveis. O mercado está operando com significativo volume de sobras de mercadorias que são atribuídas à maior oferta do produto, por conta da continuidade das colheitas na Região Centro-Sul, e da retração nas compras pelos empacotadores. Nas redes de supermercados, o giro da mercadoria continua lento, com queda gradativa dos preços no varejo. Os compradores continuam sem interesse na aquisição de mercadoria e reclamam que as vendas seguem lentas, pois os varejistas, percebendo que os preços estão em queda, também estão protelando ao máximo suas reposições.
Devido à resistência dos varejistas, pressionando as indústrias de empacotamento por preços mais baixos, alguns agentes de mercado acreditam que a oferta será suficiente para atender a demanda, mantendo os preços nos atuais patamares. O predomínio da oferta continua sendo do tipo comercial e a origem do produto recém colhido passou a ser, na maior parte, proveniente dos estados de Minas Gerais e do Paraná. A oferta continua bem acima do interesse de compra. Quando o mercado se encontra ofertado e, consequentemente, com os preços fragilizados, as indústrias passam a operar praticamente sem estoques, adquirindo apenas o suficiente para honrar seus compromissos. A expectativa para esta semana é de preços mais elevados devido ao forte interesse dos compradores por mercadorias comerciais. Para o produto extra, os preços devem se manter firmes.
Para o feijão preto, o mercado encontra-se firme e os preços apresentam elevação. A maior parte dos empacotadores continua se abastecendo diretamente nas fontes de produção, onde a colheita está chegando ao fim. Cabe mencionar que a referida alta está atrelada à forte valorização do dólar frente ao Real, tornando a mercadoria mais cara. Este ano, a importação deve apresentar uma expressiva redução em função do elevado volume de produção colhido na 2ª safra no estado do Paraná, bem acima do consumo estimado. Apesar dos preços altos praticados no mercado, muitos produtores estão retendo parte da produção para venda no segundo semestre. O feijão preto argentino está cotado a R$ 300,00 por saca de 60 Kg em São Paulo (produto da safra passada). Cabe mencionar que foi vendido um grande volume de feijão preto nacional a R$ 300,00 por saca de 60 Kg CIF São Paulo. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.