09/Apr/2024

Para o feijão comum preto, o mercado permanece calmo e bem ofertado, tanto no disponível quanto para embarque. Diante do aumento da oferta e do baixo interesse nas aquisições, os preços registram queda. Dos 330,8 mil hectares cultivados na 2ª safra do Paraná, aproximadamente 70% correspondem a feijão preto, participação bem acima ao normal dessa 2ª safra, que tem crescido nesses últimos 3 anos. Isso deve-se aos preços elevados de mercado dessa cultivar que, desde o início do ano, tem sua cotação bem acima do feijão carioca. Como consequência, a partir de meados de março, os preços registraram expressivas desvalorizações.

Por se tratar de um mercado restrito, qualquer excedente de oferta gera dificuldades para colocação alternativa do produto, o que, por sua vez, exerce pressão baixista nos preços. A expectativa é que a demanda continue fraca com os negociantes efetuando suas aquisições para pronto atendimento, em função da baixa qualidade do produto e a proximidade da colheita 2ª safra. No entanto, a tendência de alta persiste, em função do controle da oferta, e da redução no volume de produção verificada na 1ª safra. Quanto ao feijão comum cores, os empacotadores continuam trabalhando com baixos estoques e aguardando melhor negociação quanto à qualidade e preços, tendo em vista as dificuldades encontradas nos últimos repasses.

Da mesma forma, o setor varejista passou a ter menor giro da mercadoria, e está diminuindo às compras na expectativa de novas quedas de preços. O consumidor, diante do elevado preço do feijão no mercado, está substituindo, aos poucos, o produto. Em São Paulo, no atacado, a média de oferta é menor do que a registrada no período anterior, em sua maioria comercial e proveniente de sobras. As vendas, que geralmente no início de mês são aquecidas, estão razoáveis, mantendo os preços estáveis. O mercado está sendo abastecido por mercadorias oriundas dos estados de Minas Gerais, Goiás, Paraná e São Paulo. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.