27/Mar/2024
Nas regiões produtoras, os preços do feijão carioca registram recuo. O aumento de produção verificado na Região Centro-Sul do País refletiu negativamente na comercialização do produto. Os valores recebidos pelos produtores, naquelas regiões, são semelhantes aos registrados no estado do Paraná, onde praticamente não há disponibilidade da mercadoria extra. O mercado se encontra bem ofertado e os preços seguem com tendência de queda com a proximidade da colheita da 2ª safra. O produto comercial deve apresentar maiores desvalorizações, pois é significativa a oferta de mercadoria desse padrão. No momento, o volume produzido atende plenamente o mercado em função, basicamente, da baixa demanda varejista.
Provavelmente a oferta deverá continuar elevada, pressionando os preços para baixo, com boa parte dos compradores aguardando melhores momentos para a comercialização. No 6º Levantamento para Acompanhamento da Safra 2023/2024, divulgado no dia 12 de março pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estimou-se para a 2ª safra na Região Centro-sul do País, uma redução de 11,9% na área plantada, quando comparada com a safra anterior, e uma produção inferior em 18,8% a colheita registrada em 2023. Por outro lado, na Região Norte/Nordeste observa-se aumento no plantio em 7,5%, mas, em contrapartida, uma produção abaixo em 5,6% a registrada na safra anterior.
Na Região Centro-Sul do País, a 1ª safra está praticamente encerrada, com uma melhora na qualidade do produto a partir de meados de fevereiro. Quanto à 2ª safra, o plantio está concluído e as lavouras se encontram nos seguintes estágios: 70% em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 10% em frutificação. A colheita começa em abril, com maior concentração nos meses de maio e junho, se estendendo até início de julho. O Levantamento para Acompanhamento da temporada 2023/2024, realizado pela Conab, estimou para a 2ª safra um aumento de 36,8% na área plantada, quando comparada com a safra anterior, e uma produção de 446,1 mil toneladas, ou 113,8 mil toneladas a mais que a colheita de 2023. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.