13/Mar/2024
Nas regiões produtoras, os preços do feijão carioca estão pressionados. O aumento de produção verificado nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste do País se reflete negativamente na comercialização do produto. Os valores recebidos pelos produtores, nessas regiões, são semelhantes aos registrados no estado do Paraná, onde praticamente não há disponibilidade da mercadoria extra. Com exceção de Minas Gerais, maior Estado produtor, a colheita da 1ª safra está finalizada. O atraso da safra em Minas Gerais e a produção estocada na 3ª safra irrigada devem atender bem o mercado até a entrada da 2ª safra do Paraná, prevista para meados de abril. No momento, o volume produzido atende plenamente o mercado em função, basicamente, da baixa demanda varejista.
Provavelmente a oferta deverá continuar elevada, pressionando os preços, com boa parte dos compradores aguardando momentos que consideram mais favoráveis para a comercialização. Os empacotadores continuam trabalhando com baixos estoques e aguardando melhor negociação quanto à qualidade e preços, tendo em vista as dificuldades encontradas nos últimos repasses. Da mesma forma, o setor varejista passou a ter menor giro da mercadoria, e está diminuindo às compras na expectativa de novas quedas de preços. O consumidor, diante do elevado preço do feijão no mercado, está substituindo, aos poucos, o produto. Na Região Sul do País, a 1ª safra está encerrada e, nos Estados Centrais, resta uma pequena quantidade a ser colhida.
A qualidade do produto nessas localidades foi prejudicada pelo clima adverso (estiagens/chuvas em excesso e irregulares). No Paraná, cerca de 80% da produção da safra das águas foi comercializada pelos produtores. Quanto à 2ª safra, o plantio está praticamente concluído e as lavouras do Estado se encontram nos seguintes estágios: 75% em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 5% em frutificação. A colheita começa em abril, com maior concentração nos meses de maio e junho, se estendendo até início de julho. Para o feijão comum preto, o mercado permanece calmo e bem ofertado, tanto no disponível quanto para embarque. Diante do aumento da oferta e do baixo interesse nas aquisições, os preços registraram mais uma queda. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.