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22/Dec/2023

Tendência de preços firmes do feijão no curto prazo

No atacado paulista, o mercado de feijão está calmo e com poucos negócios realizados. As ofertas são efetuadas na maior parte com produtos provenientes do interior de São Paulo, com rara presença do extra novo notas 9,0/9,5. Diante da fraca demanda, explicada em parte pelos altos valores praticados no mercado e com a proximidade das festas de final de ano e férias escolares, quando as vendas normalmente são mais fracas, os preços dos tipos inferiores, notas abaixo de 8,5 de cor, não se sustentam. Ainda, como boa parte dos empacotadores, que não tem maiores compromissos com o setor varejista (não tem contratos), entra em férias coletivas na próxima semana, e provavelmente não vão formar estoque com feijão caro, correndo o risco de os preços recuarem, também contribui para a expressiva queda na demanda.

No entanto, a semana se encerra com os preços bem valorizados. A maior demanda no mercado disponível em São Paulo é pelo produto de melhor qualidade – nota 8,5 para cima, que continua escasso, e as recentes chuvas prejudicaram alguns lotes com excesso de umidade, diminuindo, assim, a qualidade do feijão ofertado que vinha melhorando gradativamente. A saca do produto extra, nota 9,5, é cotada em média a R$ 355,00, o especial em R$ 325,00, e os comerciais, notas 8,0 e 7,5, em respectivamente R$ 290,00 e R$ 260,00. A colheita da 1ª safra avança no Paraná. Em São Paulo, a safra ultrapassa os 75% colhidos e o abastecimento do mercado de produto recém-colhido está sendo efetuado, quase que na totalidade, com produtos oriundos do interior do próprio Estado.

A produção de outras localidades como Minas Gerais e Goiás é, em grande parte, de padrão comercial e remanescente da terceira safra. Até o final deste mês de dezembro, o comportamento do clima será decisivo para essa cultura. A previsão para este mês de dezembro precipitações pluviométricas acima da média histórica para a Região Sul do país e fortes períodos de estiagens na quadra invernosa nordestina. A maior preocupação, porém, é com a previsão para janeiro, principal mês da colheita, porque se chover em excesso, a produção será bastante prejudicada. Quanto ao feijão preto, no mercado atacadista de São Paulo, os preços apresentaram quedas. Com o início da colheita no Sul do país, onde o maior volume de produção é oriundo dessa variedade, o mercado fica sem perspectivas de uma reação das cotações no curto prazo. As ofertas continuam sendo, em sua maioria, de mercadoria importada.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.