07/Dec/2023
A Kicaldo, indústria de feijão e outros grãos, está investindo R$ 45 milhões em uma nova fábrica, em Feira de Santana (BA), com a intenção de expandir a oferta na Região Nordeste. A inauguração da fábrica, que deve substituir uma unidade obsoleta no mesmo local, ocorrerá em meados do ano que vem. Com isso, a capacidade de produção passará de 4 mil para 6 mil toneladas de grãos ao mês. A Kicaldo tem ainda uma fábrica em São Paulo, com capacidade de 12 mil toneladas mensais. A empresa espera aumentar o faturamento entre 8% e 10% em 2024, mesmo percentual de crescimento registrado neste ano, que deve terminar com receita de R$ 1,2 bilhão. Ao longo dos anos, a empresa tem sempre investido em inovação para garantir que seus produtos cheguem em boa qualidade e a um baixo custo.
Os produtos da empresa são muito bem aceitos no mercado. O carro-chefe é o feijão-carioca, com 60% das vendas, seguido pelo preto, com 30%. Os demais produtos são pulses, como grão-de-bico e lentilha, além de farináceos de mandioca e milho de pipoca. A empresa investe na Região Nordeste porque é um importante mercado consumidor de feijão, sendo que a Bahia tem o maior consumo per capita da leguminosa no País. Além de ampliar o comércio na região, a Kicaldo também busca conquistar os consumidores mais exigentes. Recentemente, a companhia lançou um feijão orgânico, com rastreabilidade em toda a cadeia de produção. Ele é fornecido pela Fazenda da Toca, comprada em pela Mantiqueira no fim de 2022.
Os demais grãos com os quais a empresa trabalha são comprados no mercado spot de cerealistas e produtores tradicionais. É o maior desafio, o fornecimento de feijão, não porque não se encontre, mas porque é variável a depender das condições de mercado. A Kicaldo não trabalha com fornecedores exclusivos ou contratos futuros. Apesar das variações de safra e das condições de mercado, o feijão seguirá como uma alternativa sempre importante para o produtor rural. É ótimo para rotação de culturas e rentável em muitos momentos. É preciso gerenciar e planejar de quem comprar e em que época. A Kicaldo trabalha com estoques próximos a 15 dias. Novas cultivares de sementes garantem que o feijão não escureça rápido e, cada vez mais, isso tem feito os cerealistas, cooperativas e produtores guardarem os grãos e esperarem os preços subir para vender. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.