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08/Jan/2024

Suíno: cenário favorável para o segmento em 2024

As perspectivas para o setor suinícola são favoráveis para 2024, sendo pautadas nos possíveis aumentos do consumo doméstico e das exportações e na provável redução nos custos de produção frente a anos anteriores. No caso do consumo doméstico, a demanda por carne suína deve se manter firme em 2024. O consumo de carne suína pode crescer 2,8% frente ao ano passado. O aumento do consumo de produtos processados suinícolas de menor valor agregado por parte de classes com orçamento familiar mais fragilizado, como as “D” e “E”, pode estimular o avanço na demanda interna. Quanto às exportações da carne brasileira, o setor acredita que o desempenho verificado em 2023 se sustente em 2024. Vale lembrar que, de janeiro a dezembro do ano passado, os embarques brasileiros somavam 1,2 milhão de toneladas.

Em setembro do ano passado, o convênio entre a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi renovado, com duração até 2025, visando a promoção de exportação de carnes, dentre elas a suína. O acordo tem como meta fortalecer o Brasil como um dos principais players no cenário internacional e, sobretudo, a expansão para novos mercados e/ou habilitação de novas plantas e diversificação de produtos em países com negócios já consolidados. Apesar da desaceleração de 11% dos envios à China – ainda o maior destino da proteína nacional – entre 2022 e 2023, os embarques ao país asiático podem seguir firmes em 2024, tendo em vista o crescente aumento de casos de Peste Suína Africana (PSA) na Europa, que tende a direcionar a demanda chinesa ao Brasil.

Segundo estimativas do USDA, a produção de carne suína na União Europeia deverá cair 1,6% em 2024. Para atender o apetite interno e externo por produtos in natura e processados de origem suína, projeções indicam aumento de 3,3% no número de animais abatidos de 2023 para 2024, podendo somar 59,1 milhões de cabeças. Quanto à produção, o suinocultor pode vislumbrar um cenário de rentabilidade um pouco melhor do que a observada entre 2018 e 2022, sobretudo em decorrência das recentes desvalorizações do milho e do farelo de soja, principais insumos utilizados para a nutrição do animal e que, portanto, representam grande parcela do custo de produção. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.