08/Jan/2024

O desempenho positivo do setor de suínos e aves em 2023, tanto em relação às exportações quanto ao consumo interno, deve se manter no ano que se iniciará, com demanda e oferta crescentes e boa rentabilidade da cadeia produtiva. Um ponto de atenção para 2024, porém, é a perspectiva de aumento de custos. Sobre a carne suína, uma possibilidade de incremento ainda maior nas exportações seria a reincidência da Peste Suína Africana (PSA) nos plantéis da China - embora, aparentemente, os focos surgidos no início de dezembro de 2023 estejam debelados, mas a situação segue no radar da cadeia produtiva.

Em relação à carne suína, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que as vendas externas devem atingir, no ano que vem, até 1,3 milhão de toneladas, volume 6,6% maior que o de 2023, quando o País exportou 1,22 milhão de toneladas. Para a carne suína, a perspectiva é de que a produção em 2024 atinja entre 5,10 milhões e 5,15 milhões de toneladas no ano que vem, 1% acima do volume de 2023, que deve bater nos 5,0 milhões a 5,1 milhões de toneladas. Sobre o aumento de custos, com a possibilidade de quebra da safra de soja e milho verão 2023/2024 e uma janela mais apertada para o plantio de milho de inverno, os preços do milho e do farelo de soja - os principais insumos da cadeia produtiva de suínos e aves - tendem a aumentar para o produtor.

Além disso, os estoques de passagem de milho de 2023 para 2024 são menores. Além dos estoques de passagem mais baixos, há possibilidade de safra menor de grãos. A ABPA reconhece haver incertezas sobre a safra de milho 2023/2024, o que pode causar alta de custos, mas diz não crer em explosão de preços. Para a ABPA, caso necessário, a importação de milho poderá ser um auxílio importante. O cenário para o milho em 2024 é preocupante. Podemos ter uma safra 10% menor do grão em 2024. O farelo de soja e o milho já apresentaram altas de preço no fim de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.