ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Dec/2023

Boi: preços estáveis com oferta ajustada à demanda

O mercado físico do boi gordo mantém a tendência de estabilidade nos preços da arroba. Embora algumas variações pontuais sejam registradas, elas devem se dissipar ao longo dos próximos dias, em função das escalas de abate acomodadas dos frigoríficos. Há um equilíbrio que impede grande variação dos preços, com a oferta reduzida de animais terminados se equiparando com uma demanda não tão expressiva por carne bovina, o que se soma ao estoque já escalonado dos frigoríficos para atender ao período festivo no Brasil. Os frigoríficos já preencheram as escalas, já estão programados. Assim, se ainda há movimentações pontuais no mercado físico, a tendência é a de que a demanda por boiadas terminadas se mantenha fraca ao longo dos próximos dias, com a estabilidade dos preços da arroba se consolidando.

Nos próximos dias, devemos ver um mercado ainda mais estável do que já está. As escalas de abate estão sendo completadas para os últimos dias do ano, resultando em cotações estáveis na comparação diária em 30 das 32 praças monitoradas, com apenas duas quedas. Referência para o mercado, as praças de São Paulo, em Araçatuba e Barretos, estão com a arroba do boi cotada a R$ 245 no preço bruto e a prazo. E uma das duas quedas relatadas se dá no Sudoeste de Mato Grosso, com a arroba a prazo a R$ 210. A escassez na oferta mantém um equilíbrio relativo no mercado. No mercado atacadista de São Paulo, a marca é a estabilidade nos preços dos principais cortes bovinos.

Isso ocorre após algumas semanas de recuperação do preço da carne bovina. Na parcial de dezembro, a média da carcaça bovina se aproxima de R$ 17 por quilo. Considerando as médias mensais deflacionadas pelo IGP-DI, a carcaça casada bovina, que foi negociada a R$ 18,18/kg em janeiro, chegou a cair para cerca de R$ 15/kg em setembro. Há um certo aquecimento nas vendas internas de carne, especialmente entre o fim de novembro e o começo de dezembro, quando os varejistas começam a formar estoques para a demanda das festas de fim de ano, como um dos fatores que influenciam a alta dos preços.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.