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21/Dec/2023

Boi: preços da carne têm altas neste final de ano

Depois de praticamente atravessarem 2023 em queda, os preços da carne bovina vêm reagindo nestes últimos meses do ano. Considerando-se as médias mensais deflacionadas pelo IGP-DI, em janeiro, a carcaça casada bovina foi negociada no mercado atacadista de São Paulo a R$ 18,18/kg, caindo para a casa dos R$ 15/kg em setembro. Já a partir de outubro, a carne reagiu e iniciou um movimento de recuperação. Nesta parcial de dezembro, a média da carcaça casada bovina está próxima de R$ 17/kg. Ressalta-se que essa valorização da carcaça (que é a junção do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha) vem sendo puxada pela alta nos preços do traseiro, que detém os cortes mais nobres, e nos da ponta de agulha, tendo em vista que as cotações do dianteiro (que detém os cortes mais baratos) estão caindo.

De janeiro a setembro, os preços da proteína foram influenciados pela maior oferta de animais para abate – o que foi evidenciado por dados oficiais do IBGE – e pela demanda interna ainda fragilizada. Já nestes últimos meses do ano, verifica-se certo aquecimento nas vendas internas de carne, sobretudo entre o final de novembro e o começo de dezembro, como típico para este período, quando varejistas começam a formar estoques para a demanda das festas de final de ano. Além disso, as vendas externas de carne bovina in natura estão intensas neste mês. De acordo com dados da Secex, a média diária de embarques está em 8,85 mil toneladas, contra 6,94 mil toneladas em dezembro do ano passado. Do lado da oferta, alguns frigoríficos relatam dificuldades em preencher as escalas de abate, o que, consequentemente, limita a oferta de carne ao atacado.

Nesta semana, o traseiro voltou a ser negociado acima de R$ 20/kg no atacado de São Paulo. O corte tem média de R$ 21,02/kg, forte valorização de 6% na parcial de dezembro e o maior patamar nominal desde maio deste ano. A ponta de agulha, por sua vez, é comercializada no atacado de São Paulo a R$ 16,02/kg, em média, com alta de 8% na parcial de dezembro. O dianteiro, por outro lado, registra desvalorização neste mês, de 1,2%, sendo negociado à média de R$ 13,30/kg. Vale lembrar que o dianteiro, por ser de menor valor agregado, é mais consumido no primeiro semestre, devido à restrição financeira da maior parte da população – já em período de final de ano, a demanda se desloca ao traseiro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.