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11/Dec/2023

Leite: setor apela por medidas de apoio do governo

Em Goiás, os produtores rurais enfrentaram um ano desafiador em 2023, especialmente o de leite e carne. O aumento de 72% nas importações de leite vindo da Argentina, segundo o balanço anual da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), abalou a cadeia da pecuária de leite. Guerras e fatores climáticos como o El Niño deixam a previsão para 2024 cheia de alertas para o agronegócio. O contexto do setor é curioso. Isto tendo em vista que, apesar do cenário negativo do Produto Interno Bruto (PIB) Agro do Brasil de 0,7% em 2022, o setor alcançou crescimento de 14,5% em 2023.

Mas, em Goiás, o valor bruto da produção (faturamento) caiu de R$ 101 bilhões em 2022 para R$ 97 bilhões este ano. Foi a primeira queda nos últimos quatro anos. O setor fez um apelo para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pela redução das importações de leite argentino. Em relação à pecuária leiteira, não é um problema de Goiás, é nacional. O leite hoje é a produção de maior impacto socioeconômico. Se a cadeia do leite for desestruturada no Brasil, haverá um grande impacto para a economia. O setor apela por medidas internas para proteção da cadeia do leite.

Os dados da Faeg apontam que o ano foi desafiador porque alto custo de produção causou a queda na rentabilidade. Como no caso do leite, houve cadeias em que a margem foi negativa. De 2020 a 2023 houve redução de 10,41% na produção de leite, por exemplo. E isso agravou com as importações deste ano. Na pecuária leiteira, a importação de produtos subsidiados da Argentina é um problema. Com importações 72% superiores a 2022, a rentabilidade dos produtores de leite ‘derreteu’ e está causando desestruturação da cadeia leiteira. Se não for adotada política de apoio, os produtores estão fadados a encerrar atividade. Fonte: Diário de Goiás. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.