11/Dec/2023

Nas últimas semanas, a Nestlé divulgou duas iniciativas que indicam a busca por uma produção sustentável. No dia 5 de dezembro, a empresa assumiu o compromisso de reduzir as emissões de metano na produção de leite junto a outras seis gigantes do setor. O anúncio aconteceu durante a COP28. No dia 7 de dezembro, o braço brasileiro da Nestlé lançou um edital em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em busca de projetos que impulsionam soluções para três dos principais desafios de sustentabilidade da empresa: energias renováveis, circularidade e agricultura regenerativa. O SENAI ajuda com o networking que tem pelo Brasil inteiro para acelerar esse processo.

O SENAI ajuda as empresas a serem mais competitivas e a terem, no Brasil, suas plenitudes e potencialidades. A Nestlé tomou 2018 como um ponto de partida para diversos compromissos. Hoje, a meta é reciclar 100% do que é colocado no mercado até 2025. Além disso, também pretende reduzir um terço do plástico virgem que utiliza em produtos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa em 20% até o mesmo período. Embora reconheça as frentes que esses desafios abarcam, circularidade, energia renovável e agricultura regenerativa, a empresa alega que o maior esforço está nas plantações. Dois terços da missão estão conectados à agricultura.

Será preciso mudar a forma de produzir os alimentos, com uma agricultura regenerativa que devolva mais ao ambiente do que tira. Para as propostas focadas nos desafios de agricultura regenerativa, a Nestlé decidiu focar em três cadeias produtivas: a do cacau, do leite e do café. O convite ao SENAI para o edital em parceria é uma maneira de acelerar o processo ao unir diversos cérebros com o mesmo objetivo. A iniciativa “Inovação em alimentos: Transformando o futuro do sistema alimentar” conta com um aporte de R$6,25 milhões, dos quais R$5 milhões são investidos pela Nestlé Brasil e R$1,25 milhão pelo SENAI. Apesar da parceria entre as duas instituições, as propostas são abertas a diferentes públicos.

Por exemplo, estão aptos a enviar projetos Institutos de Ciência e Tecnologia, agências de fomento, universidades, startups e até mesmo outras grandes empresas. Além dos próprios institutos do SENAI. Na divulgação do edital, as entidades pediram foco em propostas que apresentem soluções para aumentar e monitorar o reflorestamento na cadeia de produção do leite, além de maneiras de reduzir a pegada de carbono da cadeia de cacau. Também é prioridade monitorar as práticas agrícolas na cadeia de café, com objetivo de tornar seu plantio regenerativo. As propostas podem ser enviadas do dia 8 de janeiro até o dia 4 de abril de 2024. Os selecionados sairão em 29 de maio. Fonte: Gizmodo. Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.