06/Dec/2023

A perspectiva do Itaú BBA para o setor de carnes brasileiro segue sendo de boa demanda, tanto interna quanto externa em 2024, inclusive pelo crescimento previsto em 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. De todo modo, o preço do boi gordo não deve subir muito, mesmo com demanda maior, porque o quadro de ampla oferta ainda deve se repetir no ano que vem. Em relação ao mercado externo, apesar de a demanda chinesa seguir forte, embora com preços em dólar mais baixos, como aconteceu em 2023, há dúvidas apenas se a China conseguirá atravessar seus desafios sem mais desvalorização cambial.

Assim, caso isso ocorra, a pressão chinesa para rebaixar mais os preços em dólares da carne adquirida do Brasil tende a aumentar, para que o preço na moeda chinesa não continue se desvalorizando. Mesmo assim, em termos de volume, ainda há cenário positivo, com exportação de bastante volume de carne bovina. Quanto à oferta interna de bovinos para abate, o volume deve seguir estável no ano que vem em relação a 2023. O pecuarista talvez não tenha tanto ímpeto em descartar vacas como fez este ano, em função da perspectiva de preços mais firmes. Por isso, 2024 será um ano para "o produtor atravessar", porque a virada de ciclo, de fato, com a volta da subida da arroba, será somente em 2025.

Então, para garantir boa rentabilidade à atividade em 2024, é importante que haja boa demanda. O ponto de atenção para cadeia bovina intensiva também é o aumento do custo de produção. Assim como a carne bovina deve seguir com boa demanda, as proteínas de frango e suína também deverão ter bom desempenho em 2024, tanto interna quanto externa, tendo em vista o crescimento do PIB do Brasil. O ponto de atenção é a alta do custo de produção, em razão de safras menores, no Brasil, de soja e milho, os principais insumos da atividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.