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23/Nov/2023

Suíno: perspectivas para mercado global em 2024

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) recentemente divulgou uma atualização com projeções para a produção e exportações de carne suína nos Estados Unidos e no mundo. A produção mundial de carne suína em 2024 deve permanecer praticamente inalterada em 115,5 milhões de toneladas. A menor produção na União Europeia e na China será compensada por uma produção um pouco maior no Brasil, Vietnã e nos Estados Unidos. Especificamente, a produção nos Estados Unidos é prevista para ser 2% maior em 2024 em comparação com 2023. Isso se deve a um forte aumento no número de leitões produzidos por ninhada. Os custos mais baixos de alimentação também desempenham um papel, tornando os preços da carne suína mais competitivos em comparação com outras carnes. As exportações de carne suína dos Estados Unidos devem aumentar 3% em 2024, devido à forte demanda do Canadá, Filipinas e Coreia do Sul, bem como ao ganho de participação de mercado da União Europeia na China e na Austrália.

Ao analisar as exportações globais totais de carne suína, as remessas devem aumentar 2% para 10,4 milhões de toneladas em 2024, à medida que as exportações do Brasil continuam a ganhar participação de mercado em relação aos produtos suínos da União Europeia e dos Estados Unidos, especialmente nos mercados do Japão e México. Em 2024, as exportações de carne suína da União Europeia devem diminuir 25% em comparação com 2019. Elas representam 15% da produção, abaixo de 19% em 2019. Além dos crescentes encargos regulatórios, os produtores de suínos da União Europeia continuam a enfrentar desafios para controlar o impacto da peste suína africana (PSA). As regulamentações de medicamentos veterinários da União Europeia, bem como a futura legislação de bem-estar animal, criaram incerteza para os produtores, desestimulado investimentos e aumentado os custos de produção. A produção de carne suína no Brasil deve aumentar 5% em 2024, à medida que os preços dos suínos refletem o crescimento em vários mercados de exportação existentes do Brasil: México, Singapura e República Dominicana.

Além disso, os custos de insumos no Brasil devem diminuir, levando a margens melhores para os produtores. No Vietnã, a produção de carne suína provavelmente aumentará 5%, devido à demanda doméstica crescente. Isso é resultado da recuperação econômica após a pandemia. Também são esperados ganhos de eficiência a partir de investimentos e consolidação na indústria. A produção de carne suína na China diminuirá 1%, com uma demanda doméstica fraca ao longo da maior parte de 2023. Isso pode ser atribuído ao recente declínio econômico na China, tornando a carne suína um gasto menos frequente para algumas famílias. No entanto, a economia da China cresceu a um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre. O consumo e a atividade industrial em setembro também surpreenderam positivamente, sugerindo que a recente série de medidas políticas está ajudando a reforçar uma recuperação tímida. Fonte: PigProgress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.