20/Nov/2023

Segundo o professor do Insper, Marcos Jank, o fim da vacinação do rebanho contra a febre aftosa, previsto para 2026 no Brasil, pode fragilizar a pecuária brasileira. Ele demonstrou preocupação com a insegurança sanitária do rebanho e com os riscos que o fim da vacinação pode trazer ao setor. O sistema precisa ficar muito mais seguro; é preciso discutir mais claramente sobre o que se discute em termos de abertura de mercado. Os produtores têm receio em relação ao processo e dúvidas sobre a possível abertura de mercados com o fim da vacinação. O que é mais importante: abrir mercados adicionais com o fim da vacinação ou correr o risco de, a partir do fim da vacinação, ter novos casos de aftosa.

Outro ponto importante é que o pecuarista brasileiro não tem a mesma proteção do seguro rural como nos Estados Unidos, por exemplo. A conta vai parar no produtor. É importante que o Brasil questione a comunidade internacional sobre a demanda por carne de países que não vacinem, enquanto outros têm mercado mesmo vacinando o rebanho. Isso parece uma atitude bastante arbitrária. É necessário discutir mais claramente esses tratamentos que estão sendo feitos, além de melhorar a rastreabilidade e o sistemas de controle. O risco da aftosa existe; o Brasil tem fronteiras com muitos países, a gripe aviária em frangos e a peste suína existem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.