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17/Nov/2023

Boi: GTA e CAR podem auxiliar na rastreabilidade

A Amigos da Terra (AdT) defendeu o uso de Guia de Trânsito Animal (GTA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para resolver, pelo menos num primeiro momento, a rastreabilidade total da cadeia bovina de corte, sobretudo a dos fornecedores indiretos de gado (que fornecem bezerros, garrotes e bois magros à cadeia produtiva). Há, atualmente, três ferramentas mais efetivas para rastrear fornecedores indiretos de bovinos e identificar eventuais irregularidades socioambientais. Duas dessas ferramentas fazem análise automática a partir da análise de GTAs (fornecidas pelos próprios produtores) e do CAR, e a outra trabalha com informações obtidas pelos frigoríficos entre seus fornecedores diretos de gado, que informam à indústria os criadores que lhes vendem bovinos para abate.

Nas análises obtidas até agora sobre rastreabilidade dos indiretos, apurou-se, por exemplo, que apenas 1% dos indiretos têm algum tipo de inconformidade, mas que eles conseguem "contaminar" 29% dos fornecedores diretos e 61% dos frigoríficos na cadeia produtiva. Por isso, se deve trabalhar na reinserção dos pecuaristas que estejam bloqueados por irregularidades, para descontaminar a cadeia produtiva. A Amigos da Terra se diz favorável à rastreabilidade individual dos bovinos. Este é o futuro, mas, atualmente, nem 3% do rebanho brasileiro é identificado individualmente. Então, enquanto não se efetiva a rastreabilidade individual de forma ampla, a saída pode ser usar a GTA e o CAR para dar respostas ao mercado. O mercado quer "soluções pra já". Na União Europeia, há o Green Deal e a indústria e o varejista têm sido cobrados.

O ideal é chegar à mesma situação do Uruguai, que já tem 100% do rebanho rastreado e identificado, mas agora CAR e GTA seriam a resposta rápida, pois até a China já está se movimentando e começando a cobrar rastreabilidade. O Frigorífico Masterboi conseguiu melhorar a rastreabilidade da sua cadeia de fornecedores indiretos ampliando o diálogo com os pecuaristas, sediados no Pará, Tocantins e Pernambuco, onde a empresa tem plantas de abate. São 5 mil fornecedores e foi possível o engajamento deles porque a empresa percebeu que precisava ir às fazendas e conhecer a realidade deles. Tal atitude criou uma relação de confiança entre o setor produtivo e a indústria. Por isso, qualquer ferramenta de rastreabilidade de bovinos deve sempre integrar o produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.