ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Nov/2023

Boi: estimativas para o mercado da carne em 2024

Segundo o Rabobank, o Brasil deve produzir 1,5% mais carne bovina em 2024 em relação a este ano, somando 9,1 milhões de TEC (toneladas equivalente-carcaça). A exportação da proteína deve alcançar, no ano que vem, 2,25 milhões de toneladas, ou 2,5% mais em relação ao projetado para 2023, de 2,19 milhões de toneladas. O consumo doméstico deve crescer pouco no ano que vem, na base de 0,5%, para 28,4 quilos por habitante, ante 28,3 quilos por habitante em 2023.

Em relação às exportações, mesmo com a projeção de aumento na produção chinesa de carne bovina, de 7,25 milhões de TEC para 7,32 milhões de TEC (+1%), o Brasil deve expandir suas exportações para o gigante asiático, em função do aumento da demanda chinesa no food service (alimentação fora de casa, em restaurantes). A expectativa é de importações entre 5% e 6% maiores de carne bovina do Brasil para a China em 2024.

Um fator de apreensão para as exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos, o segundo maior importador da proteína bovina brasileira, é o aumento da competitividade da Austrália, que também vende carne para os norte-americanos. Há expectativa de aumento da cota brasileira de carne bovina nos Estados Unidos, que pode, porém, se enfraquecer por causa da volta da Austrália ao mercado. A Austrália aumentou este ano em 12% seus abates, inclusive de bovinos mais novos, por causa de condições climáticas adversas, que obrigaram o país a levar mais cedo os bovinos ao abate.

No ano que vem, os abates na Austrália devem aumentar 2%, o que representaria um forte concorrente do Brasil no mercado dos Estados Unidos. O abate de fêmeas no Brasil deve continuar no ano que vem, mas não com tanta força. A retenção de fêmeas para produção de bezerros deve voltar a ocorrer apenas no segundo semestre do ano que vem, com o preço dos bezerros se recuperando. O cenário de menor oferta de carne bovina deve se consolidar apenas em 2025; em 2024 ainda haverá uma oferta elevada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.