10/Nov/2023

Segundo o Rabobank, o Brasil deve produzir volume recorde de carne de frango em 2024, de 15,8 milhões de toneladas, ou 2,5% mais em relação a 2023. O País deve continuar bem-posicionado em produção e exportação, com o nível de alojamento de matrizes este ano fechando em patamar recorde. Em relação ao consumo interno, em 2024, a carne de frango deve seguir como a principal proteína. A perspectiva é de que os brasileiros consumam 1,3% mais carne de frango, passando de 48,5 quilos por habitante para 49,1 quilos por habitante.

As exportações devem crescer 3,5%, de 5 milhões de toneladas para 5,1 milhões de toneladas em 2024, isso mesmo com a China aumentando sua produção de frangos, de 24,9 milhões de TEC (tonelada equivalente-carcaça) para 25,3 milhões de TEC, ou 1,3% mais. A China ainda deve ser o maior importador de carne de frango brasileira. Mas Ásia e Oriente Médio devem continuar comprando volumes expressivos do Brasil.

A China, atualmente, representa 14% do total exportado de carne de frango pelo Brasil, elevando as compras em 34% no acumulado do ano, seguida dos Emirados Árabes, que têm registrado redução de 5% nos embarques, e do Japão, com leve queda de 1% no mesmo período. Na China, a produção, mesmo aumentando, deve continuar sobre pressão, pois os chineses dependem muito da importação de ovos férteis dos Estados Unidos, que reduziram a produção por causa de surtos de gripe aviária em seus plantéis.

Ainda assim, após a crise de gripe aviária nos Estados Unidos, o país deve aumentar em 1,7% sua oferta de carne de frango, a China em 1,3%, a União Europeia em 1,8% e o Brasil corre por fora, com 2,5% a mais de produção. Porém, a gripe aviária deve se manter como principal desafio da produção e com alto potencial disruptivo, devido ao baixo grau de previsibilidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.