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09/Nov/2023

Boi: exportações de carne têm bom desempenho

À medida que 2023 avança para o fim, o setor pecuário nacional vai se consolidando, por um mais ano, como um dos mais importantes fornecedores de carne bovina do mundo. Em outubro, as vendas externas de proteína bovina in natura somaram 186 mil toneladas, o segundo melhor resultado para o mês, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), atrás apenas do registrado no ano passado. Ressalta-se que, desde dezembro de 2021, as exportações brasileiras da carne bovina se mantêm acima de 100 mil toneladas.

Nesse período, o menor volume, de 110 mil toneladas, foi registrado em abril de 2023, quando, vale lembrar, os embarques nacionais foram limitados, por conta de uma suspensão nos envios à China, maior destino da carne, entre meados de fevereiro e de março deste ano. O volume embarcado em outubro esteve apenas 1,25% abaixo do escoado no mesmo mês de 2022 e 4,55% inferior ao de setembro/2023, quando as vendas foram as maiores deste ano. Também esteve 9,21% acima do exportado em outubro de 2019, momento em que a China entrou fortemente no mercado brasileiro.

De janeiro a outubro de 2023, o Brasil já escoou mais de 1,6 milhão de toneladas, 5% a menos que no mesmo período de 2022 (recorde). A receita em dólar somou US$ 855,88 milhões, baixas de 3,29% frente à do mês anterior e de 22% em relação à de outubro/2022. Observa-se, portanto, que a queda anual da receita foi bem mais intensa que a da quantidade exportada, e isso está diretamente atrelado ao menor preço pago pela tonelada da carne brasileira. Em outubro/2023, a carne foi embarcada ao preço médio de US$ 4.596,49 por tonelada, expressivos 21,34% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado.

Nos 10 primeiros meses de 2023, a média está em US$ 4.783,50 por tonelada, sendo 21,2% menor que a do mesmo período de 2022. Com os preços menores sendo pagos pela carne brasileira, agentes do setor apostam em recuperação nos valores internos, fundamentados na entrada do último bimestre do ano, quando geralmente a demanda final se aquece. Por outro lado, parte dos agentes considera que muitos frigoríficos estão com as escalas alongadas, o que pode limitar, ou até mesmo impedir, fortes reações nos preços de negociação. Além disso, o mercado deve seguir recebendo animais de confinamento nas próximas semanas. Em São Paulo, no atacado, os preços da carne bovina estão firmes neste começo de novembro, mas as vendas seguem lentas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.