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08/Nov/2023

Índice Coller Fairr: emissões de empresas de carnes

As 20 maiores empresas globais de proteína animal, entre elas a brasileira JBS, aumentaram em 3,28% suas emissões de gases do efeito estufa entre 2022 e 2023, apontou o Índice Coller Fairr, em seu relatório anual divulgado nesta terça-feira (07/11). A JBS, isoladamente, cresceu as emissões em 5,66% no período. O índice é elaborado pela Fairr Initiative, entidade formada por investidores globais que detêm US$ 70 trilhões sob sua gestão e utilizam o documento que mede o quão sustentáveis são essas companhias para orientar seus investimentos no setor. O grupo das 20 maiores em valor de mercado inclui também empresas como Hormel Foods (Estados Unidos), New Hope Liuhe (China), Tyson (EUA) e Danone (França). Segundo o Índice Fairr, Tyson e Danone tiveram redução nas emissões, mas o progresso foi neutralizado pelo aumento das emissões de outras empresas.

Os dados são compilados pela Fairr a partir de dados públicos das próprias empresas, como relatórios de sustentabilidade, e por questionários enviados às companhias. Entre as 20 maiores empresas de atuação global (em valor de mercado), 8 agora relatam publicamente suas emissões de Escopo 3 (que envolve as emissões da cadeia produtiva), com as norte-americanas Tyson Foods e WH Group, de propriedade da Smithfield Foods, abrindo todos os seus escopos pela primeira vez neste ano, ressaltando que as emissões do Escopo 3 só foram inclusas nas comparações anuais a partir de 2022. Além das emissões, o Índice Coller Fairr publicou seu sexto ranking de sustentabilidade das 60 maiores empresas globais de proteína, entre as brasileiras, incluem-se, além da JBS, Minerva, Marfrig e BRF.

Neste ano, a JBS caiu da 16ª para a 22ª posição, mas, mesmo assim, continua sendo considerada uma empresa de "médio risco" em relação às questões socioambientais para os investidores. A BRF manteve a 12ª posição e a Minerva subiu da 19ª para a 14ª colocação. A Marfrig segue sendo a brasileira com melhor pontuação, sendo a única nacional considerada empresa de “baixo risco” para investimento, na 4ª posição. São dez os tópicos avaliados para o ranking: emissão de gases do efeito estufa; desmatamento e biodiversidade; manejo e descarte de água, resíduos e poluição; uso de antibióticos; bem-estar animal; condições de trabalho; segurança alimentar; governança e proteínas alternativas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.