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06/Nov/2023

Suíno: preço em movimento distinto entre regiões

Os preços do suíno vivo e da carne subiram no mercado interno na primeira metade de outubro, mas recuaram na segunda quinzena do mês. Ainda assim, enquanto em parte das regiões o movimento de alta na primeira metade do mês garantiu o avanço na média de outubro frente a setembro, em outras, a desvalorização mais intensa na segunda quinzena do mês passado resultou em baixa na média mensal. Nas primeiras semanas de outubro, a menor oferta de suínos em peso ideal para abate e o aquecimento na procura elevaram os valores pagos por novos lotes de suínos vivos e pela proteína. Na segunda parte do mês, com a diminuição da liquidez, os preços do suíno e da carne recuaram, influenciados sobretudo pela redução na demanda doméstica. Diante desse contexto, na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço médio do suíno posto na indústria subiu 0,9% entre setembro e outubro, passando para R$ 6,61 por Kg no último mês.

No Norte do Paraná e no Sul de Minas Gerais, o suíno se desvalorizou 0,5% e 2,3%, respectivamente, de setembro para outubro, com as médias de negociação passando para R$ 6,52 por Kg no Paraná e R$ 6,63 por Kg em Minas Gerais. Quanto ao Rio Grande do Sul, a oferta restrita elevou e/ou sustentou os valores do suíno em outubro. Este cenário é resultado da desistência da atividade por parte de pequenos e médios produtores independentes, devido ao longo período de margens negativas, em consequência do elevado custo de produção. De fato, a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o rebanho efetivo de suínos no Rio Grande do Sul caiu 1,4% de 2021 a 2022, indo para 6,17 milhões de cabeças no último ano. Como comparação, a produção média nacional cresceu 4,3%. Dentre as regiões do Estado, a maior valorização de setembro a outubro, de 1,9%, foi registrada para o suíno vivo negociado na Serra Gaúcha, com média de R$ 6,39 por Kg em outubro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.