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06/Nov/2023

Empresas com margens limitadas no 3º trimestre

De acordo com o Santander, as principais empresas de carnes do mercado brasileiro devem ter aumento limitado de margens no terceiro trimestre do ano. A limitação pode ser atribuída aos baixos preços das proteínas nos mercados doméstico e de exportação, apesar dos menores custos de produção. A expansão de margem esperada da BRF no terceiro trimestre pode decepcionar expectativas do mercado. A estimativa é de que a margem tenha aumentado 0,8%. No entanto, a previsão é de um resultado positivo para o quarto trimestre, já que a BRF deverá continuar se beneficiando dos menores custos e dos efeitos do plano de eficiência BRF+, bem como de um potencial impacto positivo da maior lucratividade nos produtos de Natal e de uma redução do capital de giro. A previsão do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no terceiro trimestre é de R$ 1,2 bilhão, queda de 16% na comparação anual e aumento de 15% em relação ao trimestre anterior.

Apesar da forte queda nos preços do milho no Brasil no terceiro trimestre, os preços fracos de produtos de carne in natura durante o trimestre podem limitar uma expansão significativa da margem da BRF, o que poderia decepcionar as expectativas do mercado. Em relação à Minerva, os preços mais baixos do gado devem contribuir para o aumento da margem na comparação com o segundo trimestre, embora ela deva ficar abaixo do esperado. Os fracos preços de exportação de carne bovina e de cordeiro em Reais pesarão negativamente nos resultados. O Ebitda da companhia no terceiro trimestre deve ter diminuído 10% na comparação anual, mas aumentado 2% ante o trimestre anterior, para R$ 729 milhões. A margem Ebitda deve ser de 10,2% no terceiro trimestre, ante 9,8% no segundo trimestre e 9,6% no terceiro trimestre do ano passado. Para a JBS, a estimativa é de que preços mais baixos e o fortalecimento do Real deverão ofuscar a forte queda nos custos e levar a uma recuperação de margens mais suave do que o esperado.

A JBS deve entregar um Ebitda ajustado de R$ 5,1 bilhões (queda de 47% na comparação anual e aumento de 14% em relação ao trimestre anterior). A margem Ebitda deverá subir aproximadamente 0,62% em relação ao trimestre anterior. Em relação à Marfrig, as eficiências operacionais e a mudança no mix em direção a cortes premium podem dar suporte aos resultados em meio a um mercado de carne bovina ainda desafiador nos Estados Unidos. A desaceleração do ciclo pecuário dos Estados Unidos continuará afetando negativamente os resultados da Marfrig, dada a tendência de aumento dos custos e a incapacidade de repassar esses custos mais elevados. A projeção para o Ebitda da Marfrig (incluindo BRF) é de R$ 2,4 bilhões (queda de 37% na comparação anual e aumento de 4% ante o segundo trimestre), com uma margem de Ebitda de 7%, 0,13% maior ante o trimestre anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.