24/Oct/2023

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alertou para o risco de Santa Catarina ter de importar mais milho no ano que vem para abastecer suas granjas de suínos e aves, além da pecuária leiteira. Santa Catarina deve consumir, em 2024, entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas de milho, o que exigirá a importação de pelo menos 5 milhões de toneladas do grão para abastecer as granjas. O Estado vem diminuindo a produção de milho, situação que deve se repetir na safra 2023/2024. A produção do grão para consumo interno deve variar entre 2,8 milhões e 3 milhões de toneladas, com redução de 5% na área plantada.

Outro motivo é que muitos produtores migraram para a soja ao longo dos anos, um produto com grande liquidez no mercado de commodities, menor custo de produção e maior remuneração final. Em 2005, a área plantada com milho em Santa Catarina era de 800 mil hectares e, em 2023, caiu para 320 mil hectares de milho comercial e 220 mil hectares para milho silagem, que não sai da propriedade e é usado para nutrição de gado leiteiro. O insumo escasso representa encarecimento para os produtores rurais e para as agroindústrias e, em consequência, o alimento fica mais caro para o consumidor. Por isso, a entidade propõe uma discussão entre toda a cadeia produtiva e o poder público para analisar alternativas para reduzir o déficit histórico de milho no Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.