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16/Oct/2023

Suíno vivo: preço em movimento distinto nas regiões

O poder de compra dos suinocultores de São Paulo frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) cresceu em setembro frente ao verificado em agosto. Trata-se do segundo mês consecutivo de avanço no poder de compra. Esse cenário favorável ao suinocultor foi possível diante dos aumentos nos preços médios de comercialização do suíno vivo, que superou o movimento de alta verificado para o milho, e da desvalorização da oleaginosa. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo teve média de R$ 6,55 por Kg em setembro, alta de 4,7% frente à de agosto. A elevação no preço médio pago pelo suíno vivo foi resultado do aumento da procura por carne suína na ponta final, especialmente na primeira metade de setembro, e da menor disponibilidade de suíno pesado no mercado interno.

No mercado de milho, mesmo com a colheita da 2ª safra de 2023 praticamente finalizada no Brasil e a consequente maior oferta, os preços do cereal voltaram a avançar em setembro. O impulso veio da retração de muitos vendedores, que estiveram atentos à demanda internacional aquecida e aos avanços dos preços externos e do dólar. Com isso, o milho foi negociado na média de R$ 54,63 por saca de 60 Kg (Indicador ESALQ/BM&F, Campinas - SP), valor 2,4% superior ao praticado em agosto. No caso do farelo de soja, os preços do grão se enfraqueceram no mercado brasileiro no último mês, influenciados pela entrada da safra 2023/2024 nos Estados Unidos e, consequentemente, pela desvalorização externa.

A firme demanda internacional pela oleaginosa do Brasil, contudo, impediu que os valores domésticos caíssem de forma mais intensa. Assim, esses fatores reduziram, de agosto para setembro, o valor do derivado em leve 0,4% na região de Campinas (SP), com o produto sendo negociado à média de R$ 2.245,02 por tonelada. Considerando-se o suíno vivo comercializado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor pôde comprar 7,2 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno em setembro, 2,3% a mais que em agosto. Em relação ao farelo de soja, foi possível ao produtor a compra de 2,92 Kg do derivado, avanço de 5,1% frente ao volume do mês anterior.

Quanto ao mercado, os preços do suíno vivo apresentam movimentações distintas entre as regiões, conforme as condições locais de oferta e procura. Na Região Sudeste, com as negociações mais aquecidas, o cenário é de alta nos valores. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o avanço é de 2,5% no preço do suíno vivo nos últimos sete dias, negociado à média de R$ 6,67 por Kg. Em Minas Gerais, na região de Belo Horizonte, o suíno apresenta valorização de 3,9% no mesmo comparativo, cotado a R$ 6,73 por Kg. No Paraná, na região norte, o preço do suíno vivo registra recuo de leve 0,4% nos últimos sete dias, passando para R$ 6,55 por Kg, Em Goiás, na região de Goiânia, a cotação se mantém praticamente estável, a R$ 6,23 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.