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06/Oct/2023

Boi: preços sobem no físico com demanda aquecida

A maior demanda por bovinos terminados tem contribuído para a alta de preços do boi gordo no mercado físico. Tanto frigoríficos que atendem ao mercado interno quanto os que vendem carne bovina para o exterior têm encontrado dificuldades em compor escalas, o que estimula o avanço das cotações. Apenas aquelas indústrias que fecharam contratos a termo têm conseguido se abastecer de forma razoável e garantir suas programações de abates, ao contrário de frigoríficos que dependem essencialmente do físico para manter os trabalhos, sobretudo os que atuam com vendas internas.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 230,20 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 219,62 por arroba a prazo. Até a safra do boi recomeçar, com a volta das chuvas, tal situação deve permanecer. O que pode, porém, refrear a busca da indústria por bovinos terminados no mercado físico é o consumo doméstico de carne bovina, que pode voltar a ficar restritivo no curto prazo, com as altas recentes da arroba, que devem, em breve, se refletir nos preços do atacado.

Em São Paulo, no atacado, a alta do boi gordo já começa a surtir efeito nos preços dos principais cortes da proteína bovina. Apesar de o repasse ainda não ocorrer de forma integral, verifica-se uma maior demanda interna perante estoques mais enxutos nos entrepostos e na cadeia de distribuição, fundamentando preços em níveis superiores em relação aos últimos dias. O traseiro do boi está cotado a R$ 18,10 por Kg; o dianteiro, a R$ 13,10 por Kg; e a ponta da agulha, a R$ 13,60 por Kg.